Trate os ciclistas como se fossem cavalos

Atualizado em 26 de agosto de 2013 às 8:58

Este é o tema de uma campanha escocesa para estimular o uso de bicicletas.

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Cidade avançada é cidade cheia de bicicletas. Essa é uma divisa do mundo moderno.

Copenhague e Amsterdã são os exemplos a serem seguidos.

Uma das causas do Diário é a bicicleta: ela faz bem para o planeta e faz bem para a pessoa. Grandes metrópoles brasileiras estão miseravelmente atrás nisso. São Paulo é um caso dramático. Isto, por si só, mostra como foram míopes as administrações paulistanas nas últimas décadas.

Alguém associa Kassab a bicicletas? E Serra?

Pausa para rir.

Haddad fará melhor que os antecessores? Haddad terá visão ciclística, ou se cercará de pessoas que tenham?

É o que espera o Diário – pela cidade tão amada por seus jornalistas.

Não venham com desculpas. Ah, São Paulo é grande demais. Ah, São Paulo não é plana.

Soluções. Queremos novas soluções, e não problemas que já conhecemos.

É uma questão de mentalidade. É uma questão cultural. São Paulo tem que se tornar amigável para os ciclistas. Pequenos gestos fazem muita diferença.

Em Londres, que luta para se aproximar de Copenhague, os motoristas de ônibus são treinados para respeitar os ciclistas. E cobrados. Na Escócia, um comercial é altamente inspirador.

Veja.

Alguém viu uma campanha desse gênero numa metrópole brasileira? É uma longa caminhada rumo a um ambiente propício às bicicletas. Mas, do ponto de vista de símbolos, a multiplicação delas será tão importante quanto o sumiço das favelas. Muitos, muitos passos. 

O primeiro deles está na mão dos eleitores: optar pelos candidatos que sejam sinceramente comprometidos com as bicicletas.

O resto é consequência.