“Treta no zap”, “unfollow” e “boicote”: Relembre os maiores barracos entre bolsonarista nos últimos anos

Atualizado em 11 de julho de 2023 às 11:24
Carlos Bolsonaro, Carla Zambelli, Tarcísio de Freitas e Ricardo Salles – Foto: Reprodução

Não é de hoje que bolsonaristas protagonizam brigas entre eles mesmos. Além da confusão no grupo de WhatsApp do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no começo da semana, há outras diversas intrigas causas pelos simpatizantes do ex-mandatário.

A confusão no grupo do PL, com direito a xingamentos, acusações e até ameaça de saída da legenda, aconteceu três dias após a votação da Reforma Tributária na Câmara. Na votação em primeiro turno da proposta que muda o sistema de impostos do país, o partido deu 20 votos a favor, enquanto 75 foram contrários. A divisão causou um bate-boca virtual.

A Reforma Tributária, no entanto, já havia motivado outra intriga entre aliados. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu abertamente o texto e chegou a posar ao lado do ministro da Economia, Fernando Haddad. A postura do ex-ministro de Bolsonaro revoltou não só o ex-capitão, como também a maioria de seu entorno.

Após anunciar ser a favor da proposta, Tarcísio ouviu críticas duras dos aliados e do ex-presidente. O entorno de Bolsonaro não aceitou a posição do ex-ministro em favor da reforma tributária passou a falar que “Tarcísio é o novo Doria”, ou seja, um “traidor”.

A deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) também se envolveu em uma polêmica com o ex-presidente. Em fevereiro, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, ela criticou Bolsonaro por não ter agido para desmobilizar as manifestações na porta de quartéis após a derrota para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições do ano passado.

“Ele seria um remédio se tivesse dito que era para as pessoas saírem”, disse a parlamentar. Após a declaração, Zambelli passou a ser vista como traidora pelo núcleo duro bolsonarista.

A péssima relação entre Carlos Bolsonaro e a madrasta, Michelle Bolsonaro, também resultou numa briga após a derrota do ex-mandatário para Lula no último pleito. Carluxo decidiu deixar de seguir a então primeira-dama no Instagram pouco depois de o resultado do pleito ser anunciado. O “unfollow” gerou diversas especulações, ainda mais após Michelle parar de seguir o próprio marido. O motivo, na verdade, era sobre um atrito anterior, ocorrido dias antes.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – Foto: Reprodução

Outra confusão foi envolvendo o ex-ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro, Ricardo Salles. Ele contava com o apoio do ex-capitão para disputar a Prefeitura de São Paulo no ano que vem. Bolsonaro, entretanto, se aproximou do atual gestor da capital, Ricardo Nunes (MDB), o que revoltou Salles. “Tomei uma rasteira do Centrão”, disse Salles. Ele ainda afirmou que “a direita perdeu”.

O pronunciamento de Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ao país no dia 31 de dezembro do ano passado, quando ainda era vice de Bolsonaro, não foi bem recebido pelos filhos do ex-presidente. Na ocasião, Mourão criticou o que chamou de “lideranças que deveriam tranquilizar a nação”, mas que acabaram contribuindo para um “clima de caos”.

Após as declarações, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) classificaram o antigo aliado como um “bosta” e pontuaram que “máscaras caem”. Na época, o ex-chefe do Executivo estava em Orlando, na Flórida.

Já em um evento do PL local em Soledade, na região do Cariri, houve até mesmo relatos de uma ameaça com arma. O então candidato a deputado federal Caio Marcio Angelo de Sousa, conhecido como Policial Caio, culpou pessoas próximas do Cabo Gilberto, postulante ao mesmo, pelo tumulto no local.

Segundo Caio, apontado como o responsável por tentar sacar uma pistola, com direito a registro em vídeo do momento, o grupo não teria “nenhum pudor em deixar claro que tudo isso é por conta do famigerado fundo partidário”. Vale destacar que o ocorrido não envolveu bolsonaristas do primeiro escalão.

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