“Trump ainda não jogou bomba nuclear”, diz Eduardo em nova ameaça ao Brasil

Atualizado em 16 de julho de 2025 às 12:01
Eduardo Bolsonaro, que fugiu para os EUA. Foto – reprodução

Nos Estados Unidos, onde está foragido desde março, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) segue apostando em ameaças econômicas para tentar evitar a prisão de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em tom alarmista, ele sugeriu que, sem uma anistia ao ex-mandatário, o presidente dos EUA, Donald Trump, poderia “jogar uma bomba nuclear no Brasil”, uma metáfora para novas sanções comerciais, além da já anunciada tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.

Apesar de seu crescente isolamento político, Eduardo conta com o apoio do jornalista Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente ditatorial João Figueiredo, para pressionar o governo norte-americano.

Em um vídeo compartilhado pelo fugitivo, Figueiredo afirmou: “Não. Presidente Donald Trump não jogou uma bomba nuclear no Brasil – ainda”. A mensagem foi acompanhada de um alerta ao mercado financeiro para que os brasileiros “tenham medo” do que está por vir.

O jornalista ainda reforçou a estratégia de boicote a qualquer negociação que não inclua a anistia a Jair Bolsonaro. “Qualquer tentativa de conversa aqui nos Estados Unidos que não passe por uma anistia ampla, geral e irrestrita será boicotada”, disse, acrescentando que ele e Eduardo estariam em reunião com o alto escalão do Departamento de Estado dos EUA.

Eduardo contra Tarcísio

A tensão na ala bolsonarista ganhou novo capítulo nesta terça-feira (15), quando Eduardo disparou críticas públicas ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Em uma publicação no X, o deputado acusou Tarcísio de subserviência às elites e de não se opor às medidas de Trump contra o Brasil.

“Prezado governador Tarcísio, se você estivesse olhando para qualquer parte da nossa indústria ou comércio, estaria defendendo o fim do regime de exceção que irá destruir a economia brasileira e nossas liberdades. Mas como, para você, a subserviência servil às elites é sinônimo de defender os interesses nacionais, não espero que entenda”, escreveu.

Tarcísio, por sua vez, respondeu com discurso conciliador, evitando o confronto direto. À CNN, afirmou: “Sem problemas. Neste momento, estou olhando para São Paulo, para o seu setor industrial, para sua indústria aeronáutica, de máquinas e equipamentos, para o nosso agronegócio, para nossos empreendedores e trabalhadores”.