
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (2) que qualquer país que enviar drogas para seu país estará sujeito a ataques das Forças Armadas americanas. A declaração foi feita em meio à crescente campanha militar dos EUA na América Latina, com foco no combate ao tráfico de drogas.
Embora a menção mais direta tenha sido à Venezuela, Trump expandiu a ameaça para outros países produtores de drogas, como a Colômbia, ao falar sobre a guerra contra o narcotráfico na região.
Trump afirmou, em tom irônico, que “qualquer um que faça isso e venda no nosso país está sujeito a ataques”. Ele também mencionou que os Estados Unidos não tolerariam a produção de substâncias como cocaína ou fentanil, referindo-se especificamente à Colômbia, um dos maiores produtores de cocaína no mundo.
“Se eles [traficantes] vierem de certo país, ou de qualquer país, ou se nós acharmos que estão construindo locais de produção de cocaína ou fentanil, como a Colômbia, que faz muita cocaína… e nós gostamos muito disso”, disse o presidente, ampliando sua ameaça a todos os países envolvidos no tráfico de drogas.

Além de sua postura agressiva em relação ao tráfico de drogas, Trump também comentou sobre o secretário de Defesa, Pete Hegseth, que está sob crescente pressão devido a recentes revelações envolvendo a ordem dada por ele para atacar embarcações no Caribe.
Hegseth foi acusado de ter dito para “matar todos” em um ataque contra uma embarcação no mês de setembro, o que gerou questionamentos sobre a ação das Forças Armadas americanas. Trump se apressou em defender ele, alegando que o secretário de Defesa não se lembrava de ter visto sobreviventes no incidente em questão.
A declaração foi uma resposta às reportagens do jornal The Washington Post, que indicaram que o ataque ocorrido no Caribe foi um bombardeio intencional, com o objetivo de matar todos os ocupantes do barco. O caso gerou controvérsia, com a imprensa levantando questionamentos sobre a ética e a legalidade das ordens militares.
O governo dos EUA tem intensificado sua presença militar na América Latina, com o objetivo explícito de combater o tráfico de drogas, mas também com o objetivo implícito de pressionar o regime do presidente Nicolás Maduro, da Venezuela.
As forças americanas têm realizado operações no Caribe e em outras partes da região, alegando que a luta contra o tráfico de narcóticos também é uma maneira de enfraquecer o governo de Maduro e suas relações com traficantes internacionais.