
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma ameaça contundente nesta terça-feira (14), afirmando que aplicará tarifas de até 100% sobre a Rússia caso a guerra com a Ucrânia continue. Durante uma reunião no Salão Oval da Casa Branca com Mark Rutte, secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), transmitida ao vivo, Trump declarou que um acordo de paz com a Ucrânia precisa ser alcançado dentro de 50 dias. Caso contrário, as sanções severas serão impostas.
O líder da Otan permanecerá em Washington até terça-feira e também se reunirá com o chefe do Pentágono, Pete Hegseth, e o secretário de Estado, Marco Rubio. Trump expressou sua frustração com a Rússia e com o presidente Vladimir Putin, afirmando que está “muito, muito infeliz” com a situação e “decepcionado” com o líder russo.
O presidente dos EUA reiterou que, se fosse presidente em 2022, a invasão da Ucrânia pela Rússia não teria ocorrido. Além disso, Trump prometeu enviar bilhões de dólares em equipamentos militares para apoiar a Ucrânia, que, segundo ele, está “perdendo equipamentos” enquanto continua a lutar com grande coragem.
A questão das tarifas contra a Rússia também está sendo discutida no Congresso dos Estados Unidos. Senadores americanos estão preparando uma lei bipartidária que permitiria a Trump impor sanções rigorosas contra Moscou.

O projeto de lei, que também poderia afetar países que apoiam a Rússia, como China, Índia e Brasil, daria ao presidente a autoridade para aplicar tarifas de até 500% sobre os produtos de países que auxiliam a máquina de guerra de Putin.
O senador republicano Lindsey Graham comentou que essa medida seria uma forma eficaz de pressionar a Rússia. A Ucrânia tem enfrentado uma intensificação da ofensiva russa, com as forças de Moscou ocupando quase 20% do território ucraniano, incluindo quatro regiões e a península da Crimeia, anexada em 2014.
O presidente ucraniano Volodimir Zelensky também demonstrou apoio ao projeto legislativo que permitiria a imposição de sanções mais rigorosas à Rússia, afirmando que a medida poderia ajudar a acelerar a paz e tornar as negociações mais efetivas.