Trump declara que EUA não deve se envolver no conflito sírio: ‘Não é nossa luta’

Atualizado em 8 de dezembro de 2024 às 0:17
Donald Trump. Foto: Divulgação

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou neste sábado (7) que os EUA não deveriam se envolver no crescente conflito na Síria, onde grupos rebeldes começaram a cercar a capital Damasco. Em uma publicação em sua plataforma Truth Social, ele afirmou que, embora a situação no país seja “uma bagunça”, ela não representa um interesse direto para os Estados Unidos.

“A Síria está uma bagunça, mas não é nossa amiga, e os Estados Unidos não devem ter nada a ver com isso. Essa luta não é nossa. Vamos deixar (a situação) se desenvolver. Não vamos nos envolver”, escreveu Trump minutos antes de se reunir com o presidente francês, Emmanuel Macron, no Palácio do Eliseu, em Paris.

Em sua mensagem, Trump pareceu enviar um alerta ao atual presidente dos EUA, Joe Biden, contra qualquer tentativa de intervenção na Síria, embora não haja sinais de que a administração democrata tenha tal intenção. O republicano sempre adotou uma postura mais isolacionista durante sua presidência e continuou a defender essa abordagem em sua campanha de 2024.

Durante o sábado, Trump também aproveitou para criticar o ex-presidente Barack Obama, referindo-se à sua falha em agir após o ataque químico em 2013 na Síria, que matou mais de 1.400 pessoas. Na época, Obama havia estabelecido uma “linha vermelha” contra o uso de armas químicas pelo regime de Bashar al-Assad, mas não cumpriu a promessa de responder militarmente, optando por um acordo com a Rússia para desmantelar o arsenal químico sírio.

“O presidente Obama se recusou a cumprir sua promessa de proteger a linha vermelha e o inferno começou. A Rússia assumiu o controle”, declarou Trump. O magnata republicano afirmou que a Rússia, embora tenha se envolvido na guerra civil síria, falhou em deter a violência no país, principalmente agora que está mais focada no conflito com a Ucrânia.

“A Rússia, por estar tão envolvida na Ucrânia, (…) parece incapaz de deter essa marcha literal através da Síria, um país que ela protegeu durante anos”, afirmou Trump, sugerindo que a saída dos russos e de Assad poderia, paradoxalmente, ser uma boa notícia para a Síria.

Além disso, Trump afirmou que o envolvimento da Rússia na Síria teve como principal objetivo “fazer Obama de bobo”, uma crítica direta ao ex-presidente dos EUA. O atual cenário na Síria, com os rebeldes avançando em Damasco, tem gerado preocupações internacionais, mas Trump reiterou que os EUA não devem se envolver diretamente no conflito.

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