
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo que não considera, por enquanto, um acordo para fornecer mísseis Tomahawk à Ucrânia. A declaração foi dada a jornalistas a bordo do avião presidencial Força Aérea Um, durante o voo entre Palm Beach e Washington.
“Não, na verdade não”, respondeu Trump ao ser questionado sobre a possibilidade de liberar a transferência dos armamentos. O republicano acrescentou, no entanto, que “poderia mudar de ideia”, sinalizando que o tema não está totalmente encerrado.
O plano em discussão envolve a venda dos mísseis a países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que então repassariam parte do arsenal a Kiev. Trump, porém, tem se mostrado indiferente à proposta, alegando que não deseja “escalar a guerra” entre Ucrânia e Rússia.

O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, discutiu o assunto com o presidente americano em uma reunião na Casa Branca, em 22 de outubro. Ele declarou na última sexta (31) que o tema segue em avaliação e que a decisão final cabe aos Estados Unidos.
Os mísseis Tomahawk são armas de cruzeiro de longo alcance, com capacidade para atingir alvos a até 2.500 quilômetros de distância. Seu uso pela Ucrânia permitiria alcançar regiões profundas do território russo, incluindo Moscou, o que preocupa aliados e adversários.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, havia solicitado o envio dos Tomahawks como parte do esforço de defesa diante da ofensiva russa. O Kremlin, por sua vez, advertiu que qualquer fornecimento desse tipo de armamento seria tratado como uma provocação direta.