Trump discursa em Israel após cessar-fogo em Gaza: “É o fim de uma era de terror e morte”

Atualizado em 13 de outubro de 2025 às 9:17
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discursa perante o parlamento israelense, o Knesset, em Jerusalém. Foto: Saul Loeb/AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (13), durante discurso no Parlamento israelense (Knesset), que o cessar-fogo entre Israel e o Hamas marca “o fim de uma era de terror e morte” e o início de “uma era de harmonia e paz duradoura” no Oriente Médio.

A declaração ocorreu após a assinatura do acordo que pôs fim aos combates na Faixa de Gaza e garantiu a libertação dos 20 reféns israelenses vivos que ainda estavam em poder do grupo palestino.

“Após dois anos angustiantes na escuridão e no cativeiro, 20 reféns corajosos estão retornando ao glorioso abraço de suas famílias. Mais 28 entes queridos preciosos estão finalmente voltando para casa para descansar neste solo sagrado para sempre”, afirmou.

O republicano declarou que “os canhões estão em silêncio” e descreveu o cessar-fogo como o ponto final de uma guerra devastadora. “A guerra acabou. Este não é apenas o fim de um conflito, mas o fim de uma era de terrorismo e morte”, disse.

Trump ainda classificou o momento como o “amanhecer de um novo Oriente Médio”, destacando que acredita em uma “grande concórdia e harmonia duradoura entre Israel e todas as nações da região”.

Ao entrar no Knesset, o republicano foi aplaudido de pé enquanto era recebido por uma sinfonia de trompetes. Alguns dos presentes usavam bonés vermelhos no mesmo estilo dos tradicionais modelos MAGA (Make America Great Again), com os dizeres “TRUMP, O PRESIDENTE DA PAZ”.

O evento também teve um momento de tensão quando dois deputados da oposição interromperam a fala de Trump pedindo o “reconhecimento da Palestina” e foram expulsos do plenário. Eles seguravam um cartaz “genocídio”. Ayman Odeh e Ofer Cássif foram arrastados para fora do Knesset por seguranças.

Elogios a Netanyahu

Durante o discurso, Trump elogiou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, presente no plenário, e o chamou de “um homem de coragem e patriotismo excepcionais”.

“Quero expressar minha gratidão a um homem de coragem e patriotismo excepcionais, cuja parceria contribuiu tanto para tornar este dia memorável possível. Vocês sabem de quem estou falando, só existe um: o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Bibi, por favor, levante-se”, disse. “Ele não é o cara mais fácil de lidar, mas é isso que o torna grandioso.”

Netanyahu respondeu com elogios, chamando Trump de “o maior amigo que Israel já teve na Casa Branca”. Antes do discurso, o presidente do Knesset, Amir Ohana, classificou o americano como “um gigante da história judaica”.

“Um triunfo para Israel e para o mundo”

Trump agradeceu também às nações árabes que contribuíram para o acordo e disse que o apoio veio “de pessoas que não esperávamos”.

“É um triunfo incrível para Israel e para o mundo ter todas essas nações trabalhando juntas como parceiras na paz. É bastante incomum ver isso, mas aconteceu.”

O presidente americano ainda fez menções a aliados próximos, como Marco Rubio e Pete Hegseth, e ao negociador-chefe da Casa Branca, Steve Witkoff, a quem comparou ao ex-secretário de Estado Henry Kissinger.