
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, saiu em defesa do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu neste sábado (28), classificando como “terrível” o processo judicial que o líder israelense enfrenta. Em publicação na rede Truth Social, Trump acusou promotores de conduzirem uma “caça política” contra Netanyahu, a quem chamou afetuosamente de “Bibi”.
“É terrível o que estão fazendo em Israel com Bibi Netanyahu. Ele é um herói de guerra e um primeiro-ministro que fez um trabalho fabuloso em parceria com os Estados Unidos”, escreveu Trump.
O republicano destacou os esforços de Netanyahu no combate às ameaças nucleares iranianas e nas negociações com o Hamas para libertação de reféns, questionando a necessidade do premiê comparecer diariamente ao tribunal.
Netanyahu tornou-se o primeiro premiê israelense a ser processado enquanto ainda ocupava o cargo. Ele enfrenta três acusações: fraude, abuso de confiança e suborno, incluindo casos envolvendo presentes luxuosos como charutos e uma boneca do personagem Pernalonga.
Seu julgamento, que começou em maio de 2020, já foi adiado várias vezes devido aos ataques contra os palestinos em Gaza e militantes do Hezbollah no Líbano, além do princípio de uma guerra contra o Irã.

Na quinta-feira (26), o advogado de Netanyahu, Amit Hadad, pediu novo adiamento de duas semanas do testemunho do premiê, citando os “acontecimentos regionais e globais”. O interrogatório judicial de Netanyahu começou em 3 de junho e deve levar cerca de um ano para ser concluído.
Trump foi contundente ao defender o aliado israelense no post: “Como é possível que o primeiro-ministro de Israel possa ser forçado a passar o dia inteiro sentado em uma sala de tribunal, por nada (charutos, boneco do Pernalonga, etc.). É uma caça política”.
O presidente estadunidense também vinculou o processo a questões de segurança nacional, alertando que poderia interferir nas negociações com o Hamas e nas relações com o Irã. “Os Estados Unidos da América gastam bilhões de dólares por ano protegendo e apoiando Israel. Nós não vamos tolerar isso”, afirmou Trump, sugerindo possíveis consequências para a relação bilateral.