Trump diz que futuro do TikTok depende da China e chama presidente do Fed de “incompetente”

Atualizado em 14 de setembro de 2025 às 22:14
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concedeu declarações à imprensa em Washington. Foto: Reuters/Evelyn Hockstein


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou neste domingo (14) que a continuidade do TikTok no país depende de negociações com a China. O governo americano deve prorrogar o prazo para a venda da plataforma pela quarta vez desde a posse de Trump.

Segundo o presidente, cerca de 170 milhões de americanos utilizam o aplicativo, o que torna a decisão estratégica. Ele afirmou que as negociações não estão definidas e que o futuro do app pode variar entre ser vendido ou mesmo banido do território americano.

“Podemos deixá-lo morrer, ou podemos, não sei, depende da China”, afirmou Trump a repórteres antes de embarcar no helicóptero Marine One, em Washington. Ele disse ainda que gostaria de resolver a situação “pelas crianças”.

Em junho, Trump já havia prorrogado em 90 dias o prazo para que a ByteDance, controladora do TikTok, encontrasse um comprador não chinês. O período se encerra na quarta-feira (17), mas o governo deve estender novamente o limite.

Trump diz que venda do TikTok depende da China. Foto: Antonin UTZ e Seth Wenig/AFP

A justificativa dos EUA é evitar que autoridades chinesas tenham acesso a dados de usuários americanos ou utilizem o algoritmo da plataforma para influenciar a opinião pública. Até o momento, Pequim e a ByteDance não deram aval para a venda.

Além do TikTok, Trump também comentou sobre a guerra na Ucrânia. Ele declarou que os EUA estão dispostos a impor novas sanções contra a Rússia e pediu que países europeus adotem medidas semelhantes em relação ao governo de Vladimir Putin.

O presidente aproveitou a entrevista para criticar o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, a quem chamou de incompetente. Trump disse que as decisões do Fed prejudicam o mercado imobiliário norte-americano.

No fim de agosto, Trump tentou demitir Lisa Cook, diretora do Fed, mas foi impedido pela Justiça. A economista acusa o presidente de violar a Lei do Federal Reserve de 1913, que permite demissões apenas por justa causa. O governo recorreu da decisão judicial.