
O governo de Donald Trump enviou três navios militares à costa da Venezuela, aumentando a tensão entre os Estados Unidos e o governo de Nicolás Maduro. A informação foi divulgada pela agência Reuters, que teve acesso a fontes do governo.
Segundo essas fontes, os destróieres de mísseis guiados Aegis USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson chegarão à região nas próximas 36 horas. Cerca de 4 mil marinheiros e fuzileiros serão mobilizados, com apoio de submarinos de ataque e aviões espiões.
Oficialmente, o envio não tem relação direta com a recompensa oferecida pela prisão de Maduro, mas com “ameaças dos cartéis de drogas da América Latina”, que Trump classifica como organizações terroristas globais.
Nos últimos meses, navios de guerra já foram enviados à região para reforçar a segurança nas fronteiras e combater o tráfico de drogas, segundo a agência. O novo deslocamento reforça a presença militar americana no Caribe.

Em resposta, o presidente Nicolás Maduro anunciou que pretende mobilizar 4,5 milhões homens armados para proteger o território venezuelano. “Vou ativar nesta semana um plano especial para garantir a cobertura, com mais de 4,5 milhões de milicianos, de todo o território nacional, milícias preparadas, ativadas e armadas. Fuzis e mísseis para a força camponesa!”, disse em transmissão na TV.
Os Estados Unidos oferecem atualmente uma recompensa de US$ 50 milhões (cerca de R$ 273 milhões) por informações que levem à prisão ou condenação do presidente venezuelano. A recompensa inicial foi de US$ 25 milhões (R$ 137 milhões), divulgada ainda no governo de Joe Biden, em janeiro deste ano.
O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, rebateu as acusações americanas após o anúncio de Trump e comparou os ataques de Trump aos venezuelanos a um “filme de faroeste hollywoodiano”.