
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou neste domingo (16) que apoia uma votação na Câmara dos Representantes para liberar arquivos relacionados ao bilionário e abusador Jeffrey Epstein, dias após ter se posicionado contra a medida.
“Os republicanos da Câmara devem votar pela divulgação dos arquivos de Epstein, porque não temos nada a esconder”, escreveu Trump no domingo (16). Ele ainda classificou o caso como “farsa democrata”, afirmando tratar-se de uma tentativa de “desviar a atenção do grande sucesso do Partido Republicano”.
Segundo o presidente, o caso é alimentado para prejudicar sua gestão, especialmente após, segundo ele, a “recente vitória sobre a paralisação do governo democrata”.
Donald J. Trump Truth Social Post 09:15 PM EST 11/16/25 pic.twitter.com/PGxchzNvUB
— Commentary Donald J. Trump Posts From Truth Social (@TrumpDailyPosts) November 17, 2025
E-mails reforçam pressão sobre Trump
O apoio à liberação ocorre em meio à divulgação de e-mails atribuídos ao espólio de Epstein. Os documentos sugerem que Trump teria “passado horas” na casa do criminoso sexual com uma vítima do esquema e que “sabia das meninas”.
A disputa ocorre no momento mais tenso desde 2019, ano em que Epstein foi encontrado morto em sua cela em Nova York.
Democratas e parte dos republicanos defendem divulgar integralmente o dossiê para esclarecer contatos, viagens, listas de convidados e potenciais cúmplices ligados ao esquema de abuso e tráfico sexual.
Entre as 20 mil páginas de documentos divulgados pela Câmara, um e-mail também chamou atenção ao citar Trump “dando uma mamada em Bubba”, expressão usada por Mark Epstein, irmão do abusador sexual, em 2018. O termo viralizou, e usuários nas redes passaram a especular que “Bubba” seria o apelido de Bill Clinton.
No e-mail, Mark pede que Epstein pergunte a Steve Bannon, ex-estrategista de Trump, se Vladimir Putin teria “as fotos de Trump fazendo sexo oral em Bubba”. Ele acrescenta: “Você e seu amigo Donnie podem fazer um remake do filme Get Hard”.