Trump pede que Departamento de Justiça ‘envergonhe’ democratas ligados a Epstein

Atualizado em 27 de dezembro de 2025 às 12:42
Jeffrey Epstein e Donald Trump lado a lado, posando para foto, em pé
Jeffrey Epstein e Donald Trump – Reprodução

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nas redes sociais que o Departamento de Justiça deve “envergonhar” democratas que tenham trabalhado com Jeffrey Epstein, após o governo informar que começou a analisar milhões de novos documentos ligados ao caso. Epstein morreu em 2019, em prisão de Nova York, enquanto aguardava julgamento por tráfico de menores para fins sexuais.

Os novos arquivos, que começaram a ser divulgados recentemente, incluem referências a Trump, como registros de voos feitos no jato particular de Epstein. O republicano já admitiu ter convivido com o financista no passado, mas declara ter se afastado após a revelação dos crimes. Ele também criticou o foco político dado ao caso. “Foram os democratas que trabalharam com Epstein, não os republicanos”, escreveu em sua plataforma Truth Social.

Trump pediu que os nomes de envolvidos sejam revelados e disse que a investigação é um “embuste inspirado pelos democratas”. Ele declarou ainda que a atenção ao caso busca desviar o foco de sua gestão. Segundo ele, “a esquerda radical não quer que se fale do sucesso de Trump e dos republicanos, apenas do falecido Jeffrey Epstein”.

O Departamento de Justiça informou que o material contém “afirmações falsas e sensacionalistas” relacionadas ao presidente americano, apresentadas antes das eleições de 2020. A pasta afirmou que essas alegações não foram utilizadas judicialmente por falta de credibilidade. O órgão também justificou o atraso na divulgação completa dos documentos pela necessidade de preservar a identidade das vítimas.

Os documentos do caso Epstein incluem registros financeiros, depoimentos e materiais obtidos em investigações conduzidas pelo FBI. Parte desse conteúdo estava sob sigilo judicial desde 2019. A morte de Epstein ocorreu enquanto ele aguardava julgamento por acusações de exploração sexual e tráfico de menores, o que motivou novas investigações e revisões processuais.

O governo dos Estados Unidos afirma que seguirá a publicação gradual dos arquivos, observando exigências legais e proteção das vítimas. Trump, por sua vez, mantém o discurso de que democratas devem ser responsabilizados caso apareçam nos registros e volta a relacionar a investigação a disputas políticas no país.