Trump reduz tarifa de 10% para alimentos, mas Brasil segue pagando 40%

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu eliminar a tarifa básica de 10% sobre a importação de café, carne bovina, frutas e outros produtos agrícolas, mas manteve para o Brasil a tarifa extra de 40% que passou a valer em agosto.

A medida, assinada nesta sexta-feira (14) por meio de ordem executiva, tem efeito retroativo a partir de ontem e beneficia diversos países, exceto aqueles que receberam sobretaxas posteriores, como é o caso brasileiro.

Tarifa de 40% segue em vigor para o Brasil

Embora a Casa Branca tenha zerado a tarifa geral aplicada em abril, Trump não alterou a taxa adicional imposta ao Brasil meses depois. Com isso, produtos como café, carne, banana e açaí continuam entrando no mercado americano com encargo de 40%.

Na ordem executiva, Trump afirmou ter reconsiderado parte do tarifaço após analisar “informações e recomendações fornecidas por autoridades” e o cenário de inflação nos EUA.

Segundo ele, a necessidade interna crescente por alguns itens e a capacidade produtiva doméstica influenciaram a retirada da alíquota. No entanto, o documento não menciona revisão da sobretaxa aplicada exclusivamente ao Brasil.

Produtos agora isentos da tarifa básica

A lista de alimentos que foram liberados da tarifa recíproca inclui:

• Carne bovina
• Café não torrado e torrado
• Banana, açaí, laranja, manga, abacaxi, coco, mamão
• Castanha-do-pará e castanha de caju
• Chá verde e chá preto
• Temperos como páprica, pimenta e canela

Trump também declarou que haverá reembolso de tarifas já pagas, mas sem detalhar o procedimento.

Decisão vem após reunião com o Brasil

O anúncio ocorre um dia depois de o chanceler Mauro Vieira se reunir com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, para discutir a proposta brasileira de acordo provisório enviada no início de novembro.

Segundo Vieira, os americanos haviam sinalizado que responderiam “muito em breve” sobre a revisão das barreiras comerciais.