TSE atendeu 37 pedidos de Lula e 6 de Bolsonaro em ações sobre fake news

Atualizado em 14 de outubro de 2022 às 16:42
O ex-presidente Lula e o presidente Jair Bolsonaro
Foto: Reprodução

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) atendeu a 37 solicitações da coligação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em ações sobre fake news, enquanto a campanha de Jair Bolsonaro (PL) teve 6 pedidos atendidos em casos do mesmo tipo na corte, segundo o jornal Folha de S.Paulo.

As ações apresentadas por Lula referem-se a episódios como a falsa associação do petista com a facção criminosa PCC e o falso apoio dele a uma cartilha que ensina jovens a usar crack, além de um vídeo divulgado que insinuava que o ex-presidente tomava cachaça em garrafa d’água durante comícios.

o presidente Bolsonaro conseguiu vetar que a campanha petista o ligava ao canibalismo e à morte de um apoiador de Lula no Mato Grosso. O comitê do mandatário conseguiu também a derrubada do site “bolsonaro.com.br”, que associava a imagem de Bolsonaro ao líder nazista Adolf Hitler.

No entanto, o atual chefe do Executivo não conseguiu a retirada da propaganda eleitoral de Lula que cita a compra de imóveis pela família Bolsonaro com dinheiro vivo. Já o petista teve pedido negado para a derrubada do site Lulaflix, que reúne conteúdos contra o ex-presidente.

Apenas em ações sobre fake news, o TSE já determinou a remoção de ao menos cinco conteúdos divulgados por veículos jornalísticos desde 1º de outubro, dia que antecedeu o primeiro turno das eleições.

Na quinta-feira (13), o tribunal determinou que a produtora Brasil Paralelo exclua um vídeo das redes sociais com críticas a Lula.

O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, afirmou nesse julgamento que as campanhas eleitorais têm usado a mídia tradicional como escudo para disseminar fake news. “Não podemos achar que as mídias tradicionais só falam a verdade. Se a mídia tradicional também propaga notícia falsa, as consequências legais são as mesmas das redes sociais”, declarou o magistrado.

Segundo a corte, até 10 de outubro, foram recebidas 332 ações relacionadas a campanhas das eleições de 2022, e ao menos 85 delas são sobre supostas fake news. Há ainda procedimentos sobre campanha antecipada ou irregular, além de casos de abuso de poder e ataques à honra dos candidatos.

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