O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) começa a elevar o tom contra o discurso golpista proferido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e por parte dos militares das Forças Armadas. Uma das atitudes estudadas é encerrar a comissão eleitoral, que conta com nome das FA, que foram convidadas para participarem do debate sobre a transparência do sistema eleitoral brasileiro.
Segundo a jornalista Mônica Bergamo, nos corredores do Tribunal os ministros já conversam sobre colocar um ponto final na comissão, uma vez que não surtiu o efeito desejado de permitir a participação de militares para que eles colaborassem de forma técnica com o processo.
Na concepção dos ministros, Bolsonaro aproveitou o convite para incutir na cabeça dos militares que há fraude no processo eleitoral e para que as Forças Armadas sejam usadas politicamente na tentativa de um golpe contra as urnas eletrônicas. Por conta disso, eles acreditam que não há viabilidade para que a comissão tenha um bom resultado.
Oficialmente o TSE não se posicionou, mas nos bastidores já se fala sobre o encerramento dos trabalhos da Comissão a fim de preservar o Tribunal e também manter o foco nas eleições, sem permitir que Bolsonaro dite a narrativa que será seguida até o dia das eleições. Não se sabe, no entanto, qual será a reação dos militares convidados.