TSE inclui contradição de Torres sobre minuta golpista em ação que pode tornar Bolsonaro inelegível

Atualizado em 6 de abril de 2023 às 18:30
Anderson Torres e Jair Bolsonaro
Foto: Reprodução

Uma contradição de depoimentos sobre a minuta golpista foi incluída em ação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Durante sua oitiva, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e proprietário da casa onde o documento foi encontrado, alegou que não separava o material que levava para sua casa, mas uma ex-assessora deu outra versão.

Segundo Gizela Lucy Barros, ex-chefe de gabinete de Torres, afirmou à Polícia Federal organizava a mesa dele, mas que “os papéis, a sua triagem do que era importante ou não, o próprio ministro assim fazia”. A contradição foi inserida em uma das ações que investigam Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A informação é da coluna de Malu Gaspar no Globo.

O ex-presidente é alvo de 16 ações e a confusão sobre a minuta foi incluída na mais avançada delas, que apura os ataques sistemáticos de Bolsonaro às urnas eletrônicas. O caso tem como base a reunião com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada, em julho do ano passado, em que foram disseminadas diversas fake news e conspirações contra o sistema eleitoral.

O conflito entre as versões de Torres e sua assessora coloca em xeque sua credibilidade nos casos, já que ele evitou incriminar e alegou que nunca tratou do tema com o ex-chefe. O depoimento de sua ex-auxiliar foi compartilhado com o TSE.

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