TSE precisa reagir a discurso de Bolsonaro e garantir segurança da urna eletrônica. Por Geraldo Seabra

Atualizado em 16 de setembro de 2018 às 20:32
Bolsonaro no Einstein

Sob pena de estar coonestado com Jair Bolsonaro, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Rosa Weber, precisa se pronunciar com urgência para rebater o discurso que o presidenciável fez neste domingo (16) do seu leito do Hospital Albert Einstein, quando voltou a colocar em dúvida a segurança do processo eletrônico de votação.

Apontando a projeção para o segundo turno das pesquisas eleitorais, que dão como certa sua derrota na eleição, Bolsonaro afirmou que sem a obrigatoriedade do voto impresso há uma chance grande de fraude nas eleições de outubro.

Ao colocar em dúvida a lisura do pleito, o candidato do PSL levanta suspeição sobre a idoneidade da própria Justiça Eleitoral, exigindo um esclarecimento do TSE.

“A narrativa agora é que perderei no segundo turno para qualquer um. A grande preocupação não é perder no voto, é perder na fraude. Então, essa possibilidade de fraude no segundo turno, talvez no primeiro, é concreta”, disse o candidato da extrema direita repetindo por antecipação o discurso de Aécio Neves (PSDB) em 2014, quando perdeu para Dilma Rousseff.

Bolsonaro gravou o vídeo dirigido aos seus eleitores deitado numa cama do hospital, onde procura de forma dramática aparentar esforço ao pronunciar de forma pausada suas palavras, contrastando com o desembaraço com que se apresentou no vídeo gravado na noite anterior, no sábado (15), quando aparece caminhando, conversando, sorrindo e brincando com a equipe médica que o acompanhava.