O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realiza, nesta semana, novos testes às urnas eletrônicas com a simulação de ataques cibernéticos para afastar a possibilidade de violações nos equipamentos. A análise já estava prevista, segundo o rito da Corte, mas acontece em meio às ofensivas do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral do Brasil.
O procedimento é chamado de Teste Público de Segurança do Sistema Eletrônico de Votação (TPS). Os pesquisadores repetem cinco planos de exportação de vulnerabilidades das urnas. Esses mesmos exercícios foram aplicados em novembro de 2021, na fase anterior do ciclo de testes públicos dos equipamentos.
Desde que foi eleito, Bolsonaro e seus seguidores afirmam que as eleições de 2018 foram fraudadas e que ele teria ganhado no primeiro turno contra Fernando Haddad (PT).
O presidente alega que as urnas são suscetíveis de invasões cibernéticas e já chegou a prometer, durante uma live em julho do ano passado, apresentar provas sobre as supostas fraudes. Porém, nunca mostrou nenhum fato concreta sobre as possíveis violações no equipamento. Depois, disse que tinha apenas indícios de supostas irregularidades e falhas nas urnas.
Os testes ocorrerão até esta sexta-feira (13) e abrangem simulações de ataques em uma ação conduzida também por peritos da Polícia Federal. Segundo o TSE, os testes indicam aperfeiçoamentos para as urnas, mas não demonstram falhas em relação a ataques hackers. A Corte pretende divulgar o resultado final do teste público de segurança no dia 30 de maio.