TSE usa Caio Coppolla como propagandista contra a própria propaganda. Por Moisés Mendes

Atualizado em 9 de novembro de 2020 às 23:21
Caio Coppolla e Gabriela Prioli em propaganda do TSE. Foto: Reprodução

O Jornal Nacional fez uma longa reportagem sobre a segurança da urna eletrônica no Brasil.

O JN ouviu até um especialista em auditagem e segurança, que garantiu: todo o processo é inviolável.

O estranho é que o Tribunal Superior Eleitoral tem um garoto-propaganda, o comentarista de TV de direita Caio Coppola, que diz o contrário em suas ‘análises’ sobre os equipamentos.

Ele está certo de que a urna é vulnerável e pode ser facilmente fraudada.

O TSE conseguiu um propagandista que prega contra o que o tribunal quer defender.

A grande imprensa não deu bola para a denúncia da presença do comentarista no lugar errado, mas a notícia circula desde ontem nos sites, blogs e redes sociais.

E o TSE mantém o moço, porque é simpático ou tem a admiração de alguma poderosa autoridade defensora da democracia.

Quem mantém no TSE um propagandista que conspira contra o que deveria defender?

O TSE pede bom senso aos eleitores e ao mesmo tempo usa um disseminador de fake news contra a própria propaganda em defesa do voto.

Os especialistas em marketing poderiam tentar explicar qual é a estratégia do TSE.