Tudo a ver: o que o apoio do goleiro Bruno diz sobre Bolsonaro. Por Nathalí

Atualizado em 8 de outubro de 2022 às 16:59
Goleiro Bruno foge com fortuna arrecadada online para pagar pensão de seu filho com Eliza Samudio, assassinada há 12 anos
Foto: Reprodução

Vejam bem, se eu começar um texto com uma frase da minha mãe, meus amigos, o caso é sério.

Pois bem: diga-me com quem andas, e eu te direi quem és.

O goleiro Bruno – se ainda é preciso lembrar, aquele que matou a mãe do próprio filho e jogou o corpo aos cachorros – declarou voto em Bolsonaro, e o pior disso tudo é que a turma da familícia não considera isso (como qualquer ser humano normal consideraria) uma anti-campanha.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, ele declarou: “Aqui é 22”, e ainda justificou o voto dizendo que Jair Bolsonaro “está fazendo um bom trabalho.” Se o trabalho em questão for matar – como fez o próprio Bruno – sim, ele fez um excelente trabalho.

Aliás, é com esse tipo de gente mesmo que eles se identificam: tanto é que a primeira-dama, que tem sido usada sem dó na campanha do marido, fez questão de posar com a esposa do assassino Guilherme Pádua, que matou premeditadamente Daniela Pérez, filha da dramaturga Glória Pérez.

É com esse tipo de gente mesmo que eles combinam. Um governo genocida, que nada fez além de cultuar e promover a morte, só poderia mesmo se identificar – e gerar identificação – com outros assassinos como o goleiro Bruno.

A distância para o Presidente Lula é abissal. Com ele estão Fernanda Montenegro, Chico Buarque, Caetano Veloso, Dira Paes, Zeca Pagodinho, Roger Waters, Anitta, Arnaldo Antunes, Bruna Marquezine, Camila Pitanga, Chico Cézar, Djavan, Elisa Lucinda, Fábio Porchat, Gregorio Duvivier, FHC, Simone Tebet, José Serra, Kleber Mendonça Filho e uma lista de mais de 100 artistas, políticos e personalidades.

Com Bolsonaro estão Ratinho Júnior, Sérgio Moro, Mário Frias, o Goleiro Bruno, o assassino Guilherme de Pádua, Romeu Zema e meia dúzia de gatos pingados.

É, mãe. Diga-me com quem andas, e eu te direi quem és.

Só não vê quem não quer.

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Nathalí Macedo
Nathalí Macedo, escritora baiana com 15 anos de experiência e 3 livros publicados: As mulheres que possuo (2014), Ser adulta e outras banalidades (2017) e A tragédia política como entretenimento (2023). Doutora em crítica cultural. Escreve, pinta e borda.