“Tudo ou nada”: PL cria plano para buscar impeachment de Moraes; entenda

Atualizado em 26 de janeiro de 2024 às 15:09
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Carlos Moura/SCO STF

Os comandantes do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, estão revoltados com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e pretendem ir para o “tudo ou nada” contra o magistrado. Os chefes da sigla têm um plano para buscar o impeachment dele nos próximos anos. A informação é da coluna de Bela Megale no jornal O Globo.

A ideia surgiu após Alexandre Ramagem, pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro, e Carlos Jordy, que deve disputar em Niterói (RJ), serem alvos de busca e apreensão da Polícia Federal. Por isso, o partido pretende criar uma base sólida de candidatos ao Senado Federal nos próximos anos.

O objetivo é conseguir eleger um número de parlamentares suficiente para instaurar um processo de impeachment contra o magistrado. O PL calcula que, se conseguirem manter as 14 cadeiras no Senado que tem atualmente, precisarão eleger outros 27 parlamentares na Casa Legislativa.

Com isso, o partido teria 41 senadores, o suficiente para criar uma maioria simples e instaurar o processo de impeachment contra Moraes sem depender de outras legendas.  O plano ambicioso, no entanto, não seria o suficiente, já que o afastamento de um ministro do Supremo depende do voto de dois terços do Senado: 54 dos 81 parlamentares.

O ex-presidente Jair Bolsonaro e o chefe do PL, Valdemar Costa Neto. Foto: Divulgação

Nesta quinta (25), o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto criticou a operação contra Ramagem e afirmou que a ação é uma “perseguição” ao ex-presidente. Ele ainda pediu “providências” ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

“Isso é pura perseguição e pode acabar elegendo o Ramagem com mais facilidade no Rio de Janeiro. Esse negócio de ficar entrando nos gabinetes é uma falta de autoridade do Congresso Nacional. Rodrigo Pacheco deveria reagir e tomar providências”, afirmou Valdemar.

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