TV aberta não conseguiu fazer cobertura do incêndio no Museu Nacional

Atualizado em 3 de setembro de 2018 às 11:44

Segundo o colunista Ricardo Feltrin, no UOL, Mais uma vez a TV aberta mostra que sua vocação definitivamente não é jornalismo e nada que seja em tempo real.

Nesse setor essa mídia já foi devorada amplamente pela internet e por uma parte menor da TV paga.

Eram 19h30 quando começaram a pipocar nas redes sociais –especialmente twitter– as primeiras imagens do incêndio que destruiu o Museu Nacional do Rio e o maior acervo de história do Brasil (cerca de 20 milhões de itens).

Das abertas, a Globo foi a primeira a mostrar um rápido “plantão” ainda durante o “Domingão do Faustão”.

Quando começou o “Fantástico” houve um princípio de caos, com vários erros técnicos.

Parecia claramente que a produção não estava preparada para nada em tempo real.

O SBT, segundo a coluna apurou, tinha desde às 20h30 duas equipes completas com link no local da tragédia.

Mas, pasmem, elas não têm permissão do dono (Silvio Santos) para interromper a programação. Muito menos o programa dele.

As equipes do SBT estão coletando informações e entrevistando pessoas, mas tudo isso só poderá ser usado depois das 2h.

A Record deu um “miniboletim” de cerca de 40 segundos.

Porém, enquanto o incêndio devorava a história do país, o “Domingo Espetacular” estava mais preocupado em mostrar bichinhos fofos ou falar da própria novela “Jesus”.

E isso porque a emissora se gaba de ter helicóptero.

A RecordNews, coitada, há anos nem sequer mais faz jus a esse nome.

Nem tem equipe, muito menos plantão. Só uma programação estática. Como um programa sobre a Flórida, por exemplo.

A Band, nesse quesito, só não passa mais vergonha porque sua “congênere” Bandnews ainda se mexeu e trouxe imagens e informações.