Tyler Robinson ironizou polícia em grupo online após matar Charlie Kirk

Atualizado em 14 de setembro de 2025 às 16:28
Tyler Robinson, suspeito de matar o extremista Charlie Kirk. Foto: Divulgação

Tyler Robinson, suspeito de assassinar o influenciador conservador Charlie Kirk, debochou em um chat no Discord horas após o crime. Quando colegas apontaram que as imagens divulgadas pela polícia o identificavam como o atirador, ele respondeu que se tratava de um “clone” e ironizou a investigação. A troca de mensagens ocorreu pouco antes de sua prisão em Utah, nos Estados Unidos.

As autoridades divulgaram fotos de um jovem de boné e óculos escuros circulando pela Universidade do Vale de Utah, pedindo informações à população. No grupo online, colegas provocaram Robinson dizendo que ele havia matado Kirk, enquanto outros brincaram sobre a recompensa milionária oferecida pelo FBI. Robinson chegou a dizer que poderiam entregá-lo, contanto que dividissem o valor.

Além das ironias, o suspeito demonstrou acompanhar o caso em tempo real. Ele comentou sobre frases antifascistas encontradas nas munições e afirmou que algumas traziam mensagens ligadas a questões de gênero, como “Se você está lendo isso, você é gay” e “Bella Ciao”. A polícia confirmou a existência desses escritos e apontou que a arma usada também continha gravações com mensagens políticas.

Robinson foi entregue às autoridades após confessar o crime ao pai, que acionou um pastor para intermediar sua rendição. Segundo o governador de Utah, Spencer Cox, familiares e pessoas próximas estão colaborando com a investigação, enquanto o suspeito permanece em silêncio. O jovem teria subido ao telhado da universidade, de onde disparou contra Kirk, que morreu durante cirurgia após ser baleado no pescoço.

Charlie Kirk em evento em março de 2025 — Foto: AP Photo/Jeffrey Phelps

Charlie Kirk, de 31 anos, era uma das vozes mais influentes da direita norte-americana e apoiador de Donald Trump. Fundador do Turning Point USA, organização voltada para mobilizar jovens eleitores, acumulava mais de 14 milhões de seguidores nas redes sociais. Também apresentava o “The Charlie Kirk Show”, transmitido em 150 rádios nos Estados Unidos. Kirk era casado e tinha dois filhos.

O caso chocou o cenário político norte-americano e ampliou debates sobre violência, extremismo e segurança em universidades. O FBI segue investigando se o crime teve motivação política e busca entender as conexões de Robinson com grupos virtuais. A expectativa é de que as informações coletadas no Discord sejam utilizadas como provas durante o processo judicial.