Ofensiva na Ucrânia é retomada após cessar-fogo com Rússia

Atualizado em 5 de março de 2022 às 15:05
Imagem de tanques de guerra na Ucrânia
Cessar-fogo entre Ucrânia e Rússia terminou – Foto: Reprodução

O Ministério da Defesa da Rússia anunciou neste sábado (05), que as operações ofensivas na Ucrânia serão retomadas a partir das 18h, horário de Moscou, “devido à falta de vontade do lado ucraniano de influenciar os nacionalistas ou estender o cessar-fogo”.

“Nenhum civil conseguiu deixar Mariupol e Volnovakha pelos corredores humanitários. Os batalhões nacionalistas aproveitaram o cessar-fogo para fortalecer suas posições”, disse o comunicado.

A pedido do lado ucraniano, foi realizado um cessar-fogo na área em torno das cidades de Mariupol e Volnovakha, com a suspensão total das hostilidades impostas para garantir a evacuação da população civil.

“Nem um único civil conseguiu sair pelos corredores humanitários designados. A população dessas cidades é mantida pelos nacionalistas ucranianos como um ‘escudo humano'”, disse o Ministério da Defesa russo.

Leia mais

1 – Ex-embaixatriz da Ucrânia pede cassação de Mamãe Falei

2 – Em discurso, Putin revela qual seu objetivo sobre conflito com a Ucrânia

3 – O Brasil e a guerra na Ucrânia. Por Paulo Nogueira Batista Jr

Autoridades ucranianas interromperam a evacuação, acusando a Rússia de continuar com os bombardeios, apesar de suas promessas de que garantiria uma passagem segura. As forças russas estão bloqueando Mariupol, que foi mantida pela Ucrânia. Moscou reconhece a cidade como parte da República Popular de Donetsk, que se separou do país logo após o golpe de 2014 em Kiev.

Moscou lançou uma ofensiva em grande escala no país na semana passada, argumentando que tinha que “defender” a população russa das repúblicas populares de Lugansk e Donetsk, bem como “desmilitarizar” e “desnazificar” o país. Kiev disse que a invasão não foi provocada e pediu ajuda à comunidade internacional.

A Ucrânia acusou as forças russas de bombardear áreas residenciais em várias regiões, incluindo a capital Kiev e outras grandes cidades. Moscou insiste que tem como alvo apenas a infraestrutura militar.

Publicado originalmente no site RT