UFRGS expulsa doutorando por racismo e apologia ao nazismo

Atualizado em 15 de julho de 2022 às 22:54
Doutorando foi indiciado por racismo qualificado após mensagens ofensivas a negros, judeus e mulheres
Álvaro Körbes Hauschild foi indiciado pelo crime de racismo qualificado e expulso da UFRGS. Foto: Reprodução

Álvaro Körbes Hauschild, de 29 anos, foi expulso da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) por racismo e apologia ao nazismo. Ele é doutorando em Filosofia e foi denunciado por alunos da instituição.

Após pressão, o reitor Carlos André Bulhões Mendes determinou o desligamento de Hauschild. O processo interno para sua expulsão teve início em outubro de 2021, após ele ser indiciado por racismo qualificado pela Polícia Civil.

O racista havia enviado mensagens e textos ofensivos a grupos minoritários. Ele chegou a assediar a psicóloga Amanda Klimick, que namora estudante negro da universidade. Nas mensagens enviadas a ela, Hauschild diz que a raça negra “exala um cheiro típico”, “tem um cérebro programado para fazer o máximo de filhos que puder” e “consegue harmonizar bem na savana”.

Antes disso, o racista já havia enviado mensagens à namorada de um cineasta de ascendência judia, dizendo que não há provas de que o Holocausto tenha de fato acontecido.

Hauschild defende a eugenia e publica nas redes sociais imagens associadas ao neonazismo e a grupos que defendem a supremacia branca. Além de doutorando em filosofia, ele é tradutor do filósofo ultranacionalista russo Aleksandr Dugin, autor que escreveu, junto de Olavo de Carvalho, o livro “Os EUA e a nova ordem mundial”.

A Polícia Federal buscou o racista no prédio onde morava em Porto Alegre para cumprir mandado de busca e apreensão, mas ele não foi encontrado. Foi dito aos agentes que ele estaria internado e seu apartamento foi alugado.

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