Última mulher presa pelo 8 de janeiro é libertada: Quem é a golpista Dirce Rogerio

Atualizado em 2 de setembro de 2023 às 18:46
A golpista Dirce Rogerio recebe o consolo de Magno Malta na saída da Colmeia

Nesta sexta-feira, 1º, Dirce Rogerio, a última mulher detida nos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro deste ano, foi liberada do presídio da Colmeia, em Brasília.

A decisão de revogar a detenção veio do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que também determinou condições específicas para sua liberdade. O senador bolsonarista Magno Malta, oportunista rematado, gravou um vídeo com ela na saída da cadeia, fingindo chorar de emoção.

“Até que a última patriota seja libertada, estarei sempre ao lado de vocês”, escreveu no Twitter.

Dirce, de 55 anos, foi presa durante os protestos que aconteceram dentro do Palácio do Planalto e que culminaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes da República.

Moraes decidiu pela liberdade provisória dela, que deverá usar tornozeleira eletrônica e não poderá sair de casa à noite. Adicionalmente, teve o passaporte cancelado e está proibida de viajar ao exterior e de comunicar-se com outros investigados.

A libertação de “dona Dirce”, como é popularmente conhecida, foi celebrada por parlamentares bolsonaristas. A deputada Julia Zanatta (PL-SC) comemorou a decisão.

Quem é Dirce Rogerio

Nascida em Santa Catarina, Dirce Rogerio agora se tornou ré no STF pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de estado e dano qualificado.

Embora ainda não exista uma data definida para seu julgamento, é esperado que ocorra nos próximos meses.

Segundo Ezequiel Silveira, advogado da Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de janeiro (ASFAV), ainda há 49 homens detidos nos dias 8 e 9 de janeiro. Esse número não inclui as prisões feitas em operações subsequentes, como a Operação Lesa Pátria, que segue investigando os atos golpistas.