
As aeronaves da Força de Defesa de Israel, em apenas uma semana, já despejaram cerca de seis mil bombas sobre o povo palestino que vive na Faixa de Gaza – tais números equivalem a uma explosão a cada dois minutos. As informações foram anunciadas pela própria Força Aérea Israelense.
O governo de Israel fala em 1.300 mortos de seu lado. Autoridades palestinas, por sua vez, falam em 2.000. O Escritório das Nações Unidas para Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), que faz a contagem oficial de mortes no conflito entre palestinos e israelenses desde 2008, publicou comunicado no último sábado (14) estimando em 2.000 as mortes somadas em ambos os lados, entre civis e grupos armados.
A violência vista em outubro de 2023 já supera o que se viu nos último oito anos passados, somados, na região.
O que se sabe sobre a nova ofensiva de Israel em Gaza
Autoridades israelenses afirmam que seus alvos são bases do Hamas e que estão tomando medidas para minimizar os danos à população civil que habita a região, composta por cerca de 2,2 milhões de pessoas.
O cenário na Faixa de Gaza é crítico, com muitos palestinos temendo um iminente massacre, principalmente na região norte. Nos últimos dias, Israel impôs um cerco total a Gaza, resultando no corte de eletricidade, água e alimentos, e a ajuda humanitária enfrenta dificuldades para chegar à população local.
Nas últimas semanas, aproximadamente 423 mil pessoas foram forçadas a deixar suas casas na Faixa de Gaza, conforme dados das Nações Unidas. Muitos palestinos têm uma história de deslocamento que remonta a 1948, quando o Estado de Israel foi estabelecido, resultando na expulsão de cerca de 750 mil palestinos de suas terras.
Palestinos saindo de Gaza pic.twitter.com/lCy6Jj5Rzb
— Eni Aquino (@ENIAQUINO) October 13, 2023
Há temores de um deslocamento em massa e uma tragédia humanitária sem precedentes na região. Israel está se preparando para uma possível invasão terrestre na Faixa de Gaza, com o objetivo de eliminar a liderança do Hamas e resgatar mais de cem pessoas mantidas como reféns no sul de Israel. O Hamas, por sua vez, relata que pelo menos 13 reféns já perderam a vida devido aos bombardeios.
A WAFA, agência de notícias palestina, relata que pelo menos oito palestinos, incluindo crianças e mulheres, foram mortos e vários ficaram feridos em um ataque à residência da família Dardouna no campo de refugiados de Jabalia.
Militares israelenses também lançaram ataques aéreos em um prédio residencial a oeste da Cidade de Gaza, causando mais vítimas civis, incluindo crianças. Ambulâncias foram acionadas para transportar os feridos para o Hospital Al-Shifa, localizado na parte ocidental da cidade.
Paralelamente, o fogo de artilharia de Israel atingiu apartamentos residenciais na parte leste de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, resultando na morte de pelo menos três palestinos e ferindo outros.
O bombardeio de artilharia pesada pela IDF continuou afetando intensamente as áreas orientais de Khan Younis e Rafah, causando danos significativos às residências locais.
Segundo informações dos hospitais de Gaza, o número de vítimas causadas pelos ataques da IDF nos últimos oito dias já supera o total de mortes registrado durante um conflito de 51 dias em 2014. A situação na Faixa de Gaza continua crítica e instável, à medida que o conflito persiste.
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