Na Folha de S.Paulo, o biólogo, divulgador científico e youtuber Átila Iamarino escreveu uma coluna falando sobre a variante “implacável” ômicron – e como a vacina é a resposta mais efetiva nesse estágio da pandemia do novo coronavírus.
LEIA MAIS:
1 – Variante ômicron já corresponde a 80% dos casos de covid de São Paulo
2 – Temer reconhece que Bolsonaro aprofundou o golpe: ‘deu sequência ao que fazíamos’
3 – Contrariando orientação da igreja, padre prega nagacionismo nas redes
O que disse Átila?
Ele começa afirmando o seguinte:
“Até 2022, não registramos mais de 1 milhão de casos de Covid-19 no mundo em um dia. Com a ômicron, passamos de 2 milhões de casos por dia nos últimos 7 dias. Bolívia e Argentina registram recordes. Paraguai e Uruguai estão quase lá. Já o Brasil não registra nada. Completamos mais de um mês com o sistema do Ministério da Saúde fora do ar, no escuro até sobre o avanço da vacinação. As evidências indiretas, como os testes positivos na rede particular de saúde, já indicam que grandes cidades como São Paulo devem bater recordes também”.
O especialista então desenvolve:
“Como a ômicron consegue circular entre vacinados e muitos só contavam com vacinas para se proteger, sua transmissão é implacável. Uma pessoa doente pode transmitir o vírus do sarampo, um dos mais transmissíveis, para até 13 outras. Mas isso leva por volta de duas semanas. Já ômicron é transmitida para seis pessoas em média, a cada cinco dias. Em duas semanas ela já passou por mais de dois ciclos de contágio e as seis pessoas já transmitiram para outras 36. Pelos próximos meses ela deve circular como nenhuma outra doença que vimos até hoje”.
E conclui:
“Se o coronavírus se comportar assim, gerando variantes diferentes a ponto se espalhar, mas não tão diferentes que invadem o corpo todo de imunizados, os casos graves do Sars-CoV-2 poderão ser cada vez mais raros conforme nos vacinamos e quem insiste em não se vacinar contrai Covid repetidamente”.