Vacinado para ir à Itália, Carlos Bolsonaro mentiu e disse que nunca tomou “vacina alguma”

Atualizado em 21 de agosto de 2023 às 20:06
Carlos Bolsonaro
Foto: Reprodução

Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e vereador da cidade do Rio de Janeiro, recebeu duas doses da vacina contra a Covid-19, sendo a segunda dose aplicada em outubro de 2021. Essa informação foi confirmada por meio de um certificado de vacinação, o qual foi obtido pelo jornal O Globo e enviado por e-mail a um ex-ajudante de ordens da Presidência. O certificado foi emitido pelo Ministério da Saúde da Itália e coincide com uma viagem oficial que Carlos fez com seu pai a Roma naquele mesmo mês.

Embora seus irmãos Eduardo e Flávio Bolsonaro tenham divulgado publicamente que foram imunizados, Carlos nunca havia tratado do assunto em público, exceto para criticar a obrigatoriedade da vacina.

Em janeiro de 2021, Carlos Bolsonaro negou as notícias de que ele teria furado a fila para vacinar-se: “A escória não vive sem mentir e manipular! Não tomei vacina alguma!” No mesmo post, ele recomendou o uso de ivermectina, um medicamento cuja eficácia contra o coronavírus não é comprovada cientificamente.

Carlos Bolsonaro postou que era mentira a notícia de que ele teria se vacinado em 2021. Foto: reprodução

Como vereador, Carlos Bolsonaro apresentou um projeto de lei para eliminar o “passaporte da vacina” na cidade do Rio de Janeiro. O projeto foi rejeitado na Câmara.

A assessoria do parlamentar confirmou que Carlos tomou a vacina contra a Covid-19 pelo sistema SUS na cidade do Rio de Janeiro. Segundo o certificado divulgado, a vacina aplicada foi a Pfizer Biontech.

Sobre o ex-presidente, ainda não há certeza se ele foi imunizado. Durante seu mandato, ele colocou sigilo de 100 anos sobre sua carteira de vacinação, mas o segredo foi rompido após a posse do presidente Lula (PT), confirmando que havia registro de vacina. No entanto, o ex-ajudante de Ordens, Mauro Cid, foi preso em março deste ano justamente por fraudar o sistema público de saúde a fim de falsificar comprovantes para que ele, sua família e o núcleo familiar de Bolsonaro, pudessem entrar nos Estados Unidos.

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