“Vale Tudo” termina com Odete Roitman viva e telespectadores revoltados

Atualizado em 18 de outubro de 2025 às 5:17
Odete Roitman (Débora Bloch) viva dentro de um carro do IML no último capítulo de “Vale Tudo”. Reproduçao TV Globo

O último capítulo do remake de “Vale Tudo”, exibido pela TV Globo na noite de sexta-feira (17), provocou forte reação nas redes sociais.

A revelação de que Odete Roitman, interpretada por Débora Bloch, estava viva contrariou a expectativa de quem acompanhou a trama de Manuela Dias desde a estreia. A decisão de não matar a bilionária foi recebida com surpresa, mas também com descontentamento, principalmente entre os fãs que esperavam um desfecho mais fiel à versão original.

Nas redes, telespectadores questionaram a coerência da cena em que Odete, baleada no peito, levanta dentro de um saco de ambulância e sobrevive após uma cirurgia sem entubação. Muitos consideraram o retorno da personagem um recurso forçado, sem sustentação narrativa. A falta de explicações sobre como ela forjou a própria morte e contou com a ajuda de Freitas, personagem de Luis Lobianco, alimentou a frustração do público.

Outros pontos do enredo também ficaram sem resposta. Não houve esclarecimento sobre o paradeiro da empresária após a fuga, quem foi enterrado em seu lugar, nem como ela conseguiu permanecer “morta” por tanto tempo. O público destacou que a soltura de Heleninha, personagem central na trama, deixou o desfecho ainda mais confuso.

A reação negativa dominou as redes sociais e os fóruns de discussão sobre televisão. Expressões como “final sem sentido” e “roteiro preguiçoso” figuraram entre os assuntos mais comentados da noite. A autora Manuela Dias, responsável pelo remake, foi citada diretamente em críticas que pediam um encerramento mais consistente para uma das novelas mais emblemáticas da teledramaturgia brasileira.

Além do conteúdo, a audiência também chamou atenção. Segundo dados preliminares, o último capítulo de “Vale Tudo” registrou média de 29,17 pontos na Grande São Paulo. O número é muito inferior ao da versão original, exibida em 6 de janeiro de 1989, que marcou 86 pontos no Ibope, em um período sem concorrência do streaming e das TVs pagas.

A comparação reforçou a sensação de que o remake não conseguiu reproduzir o impacto da primeira versão. Embora a Globo tenha investido em produção e elenco de peso, a repercussão final ficou distante do sucesso histórico.