
Em reunião com governadores nesta segunda (9), Lula afirmou que o ataque terrorista ao Palácio do Planalto, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal teve “conivência explícita da polícia” do Distrito Federal.
“Nada foi feito. Havia uma conivência explícita da polícia apoiando os manifestantes, mesmo aqui dentro do Palácio. Soldado do Exército conversando com as pessoas como se fossem aliados”, relata o petista.
O presidente convocou todos os governadores do país para planejar ações conjuntas contra os terroristas. Ele afirmou que o foco das investigações é encontrar quem são os financiadores dos golpistas que protestam desde a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Os mandantes certamente não vieram aqui. E nós queremos saber quem financiou”, aponta Lula. Ele diz que os bolsonaristas foram usados como “massa de manobra” e que ficarão presos até o fim das investigações.
“Em nome de defender a democracia, nós não vamos ser autoritários com ninguém, mas nós não seremos mornos com ninguém. Nós vamos investigar e vamos chegar a quem financiou”, prosseguiu.
Lula diz que as investigações servirão para proteger a democracia. “Nós não vamos permitir que a democracia escape das nossas mãos, porque é a única chance de a gente garantir que esse povo humilde consiga comer 3 vezes ao dia, ou ter direito de trabalhar”, avalia.
O presidente atribuiu a culpa do ataque terrorista a Jair Bolsonaro, que abandonou seu mandato dois dias antes do fim para viajar aos Estados Unidos e não entregar a faixa presidencial a ele.
“Na medida que as pessoas ficam sem líder, porque o líder antecipa sua saída, as pessoas ficaram na rua sem ter o que fazer, então ficaram na porta dos quartéis para reivindicar um golpe”, avalia.
Lula agradeceu a presença dos governadores na reunião e disse que planejava o encontro para discutir ações prioritárias a cada estado, mas que a pauta teve de ser adiada após o ataque em Brasília.
Ao fim do evento, o petista convidou as autoridades presentes no encontro para fazer uma caminhada até o Supremo Tribunal Federal (STF) e verificar os danos do prédio.
Veja o pronunciamento: