“Variante ômicron não é o início do fim da covid”, diz Nicolelis ao DCMTV

Atualizado em 12 de janeiro de 2022 às 18:24
Nicolelis no DCMTV

O DCM entrevistou Miguel Nicolelis, médico e cientista brasileiro, considerado um dos vinte maiores nomes no campo da neurociência mundial e que vem promovendo avanços notáveis na recuperação do movimento em pessoas com paralisia.

Nicolelis falou sobre a epidemia de COVID e negou a tese levantada por alguns médicos de que a variante ômicron marcaria o início do fim da pandemia, dado seu alto poder de disseminação e baixa gravidade.

Segundo o cientista, os maiores infectologistas do mundo já criaram um consenso de que essa hipótese não faz sentido e que é impossível prever como um o vírus pode se desenvolver.

“Do ponto de vista darwiniano, não dá para antecipar as mutações de um  vírus, já que elas são  aleatórias e obedecem apenas às pressões seletivas que ele encontra no caminho. O Ebola, por exemplo,  não se tornou menos letal com as variações que foram surgindo desde sua detecção”, disse.

De acordo com Nicolelis, a ômicron também não pode ser considerada “leve”, já que ela produziu 3 milhões de casos em todo o mundo dentro de uma janela de apenas 24 horas.

Ele reforça ainda a necessidade de se vacinar tanto contra a Covid quanto contra a gripe e seguir respeitando as normas de distanciamento social, o uso de máscaras e a higiene das mãos.