O governo dos Estados Unidos está investindo R$ 3,5 bilhões (US$ 623 milhões) na construção de uma nova embaixada em Brasília. Localizada a menos de cinco minutos do Palácio do Planalto, a nova estrutura substituirá o prédio existente, ocupando uma área de 22 mil m², equivalente ao tamanho da Praça da República, em São Paulo.
As obras já estão em andamento e o espaço da embaixada está repleto de contêineres e materiais de construção. A representação diplomática dos EUA vem divulgando informações sobre o projeto, porém com algumas restrições. Veja o vídeo no final desta matéria.
Encomendado em 2016, o novo complexo foi projetado pelo Studio Gang, de Chicago, em colaboração com a empresa de engenharia Caddell Construction Co., de Montgomery, Alabama. A previsão inicial para a conclusão das obras era 2028, mas dois anos adicionais serão destinados para acabamentos e anexos, incluindo áreas de lazer e moradias para as forças de segurança.
Para garantir a segurança, a embaixada evita divulgar detalhes sobre as áreas no subsolo do edifício, que está na fase de fundações com profundidade de 29 metros, equivalente a um prédio de nove andares. A planta apresentada pela embaixada mostra que o novo prédio terá três andares e capacidade para abrigar 450 funcionários.
Luke Ortega, porta-voz da embaixada americana, destacou que o investimento reflete o comprometimento dos EUA com suas relações com o Brasil e permitirá uma ampliação na emissão de vistos.
“Iremos aumentar a capacidade do novo prédio em 40%, o que quer dizer que teremos mais janelas onde os consulares fazem as entrevistas para os solicitantes de vistos,” explica Ortega. Ele ressalta que “1,1 milhão de vistos foram emitidos no ano passado em todo o Brasil”.
Adaptado ao clima de Brasília, o projeto incorpora elementos arquitetônicos inspirados nas curvas de Oscar Niemeyer e soluções sustentáveis, como placas solares e sistemas de captação de água da chuva. A praça projetada por Burle Marx, incluindo uma árvore centenária, será preservada.
Segundo Ortega, os painéis solares fornecerão cerca de 25% da energia necessária, enquanto a água captada será reutilizada para irrigação dos jardins da embaixada. A vegetação também terá plantas típicas do cerrado e espécies tropicais. As 92 árvores do jardim anterior foram transplantadas para o Brasília Country Club e ficarão lá até a conclusão das obras.
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