
Leonel Camasão Cordeiro (PSOL), vereador de Florianópolis, em Santa Catarina, usou sua página no X para compartilhar informações sobre Manoel Abílio Pacífico, militante de extrema-direita acusado de agredir um professor homossexual na Escola do Muquém, no bairro Rio Vermelho, na capital catarinense.
De acordo com o psolista, o bolsonarista é líder do movimento pela militarização da Escola do Muquém e dono da página “Pais Conservadores Floripa”. O jornalista ainda pediu apoio a um ato que pais, professores e apoiadores farão contra a violência na instituição e contra a LGBTfobia:
“Este é Manoel Abílio Pacífico, militante de extrema-direita que espancou um professor gay na Escola do Muquém, no bairro Rio Vermelho, em Florianópolis. Veja tudo o que descobrimos sobre ele:
Manoel Abílio é líder do movimento pela militarização da Escola do Muquém e dono da página “Pais Conservadores Floripa”. Ele possuí seis processos criminais, quase todos vinculados à perseguição de profissionais da Escola do Muquém. Estes são os números dos processos:
5036301-40.2023.8.24.0023 (ameaça)
5008838-16.2023.8.24.0091 (ameaça)
5009719-56.2024.8.24.0091 (difamação)
5017637-14.2024.8.24.0091 (ameaça)
5006483-62.2025.8.24.0091 (perseguição)
5010683-15.2025.8.24.0091 (dano)
Manoel Abílio é apoiador de primeira hora de um vereador do PL do bairro Rio Vermelho. Este mesmo vereador já usou a Tribuna da Câmara para dizer que considera Manoel “como um irmão”.
Manoel Abílio organizou o movimento pela militarização da escola com apoio de vários políticos do PL. Neste vídeo, ele aparece segurando uma faixa, enquanto um assessor de um deputado estadual fala olhando para a câmera.
Os “Pais Conservadores Floripa” são um pequeno grupo radical, porém barulhento, que reúnem filiados e simpatizantes do PL no bairro. Pelo menos quatro vereadores de Floripa e dois deputados estaduais deixaram mensagens de apoio ao movimento no Instagram – todos do Partido Liberal.
Os “Pais Conservadores Floripa” são um pequeno grupo radical, porém barulhento, que reúnem filiados e simpatizantes do PL no bairro. Pelo menos quatro vereadores de Floripa e dois deputados estaduais deixaram mensagens de apoio ao movimento no Instagram – todos do Partido Liberal.
Em 2023, Manoel Abílio perseguiu uma professora que defendeu o direito de uma aluna transexual. Ele fez um acordo judicial para não dar continuidade ao processo e teve que pagar multa. Mesmo assim, ele tinha autorização pra entrar na Escola e executava serviços de jardinagem.
Após agredir um professor no último dia 25, Manoel Abílio “sumiu” para não ser preso em flagrante. Políticos do PL divulgaram vídeos acusando o professor vítima das agressões de “abuso sexual”. As alegações de “diversos casos” de abuso se tornaram o principal motivo para defender a militarização da escola, da qual o professor agredido é terminantemente contra.
As acusações são frágeis. Pelo menos três professores diferentes foram acusados pelo “Pais Conservadores Floripa”, mas nenhum foi investigado ou afastado da escola e não há processo administrativo contra eles. Nenhuma criança que teria sido vítima de abuso foi retirada da escola. Estranho, não?
Nesta quinta-feira, ao meio dia, pais, professores e apoiadores farão um ato contra a violência na escola e contra a LGBTfobia em frente à Escola do Muquém. Sua participação é fundamental”.
Este é Manoel Abílio Pacífico, militante de extrema-direita que espancou um professor gay na Escola do Muquém, no bairro Rio Vermelho, em Florianópolis. Veja tudo o que descobrimos sobre ele: pic.twitter.com/yhr0HNW2Ng
— Leonel Camasão Cordeiro 🌈 (@camasao50) June 30, 2025