Vice do PT declara apoio a Ricardo Cappelli para governo do DF em 2026

Atualizado em 13 de setembro de 2025 às 11:09
O prefeito de Maricá, Washington Quaquá, de terno e gravata, em pé, perto de microfone, sério
O prefeito de Maricá, Washington Quaquá (PT) – Reprodução

O vice-presidente nacional do PT e prefeito de Maricá, Washington Quaquá, anunciou apoio ao presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli (PSB), como pré-candidato ao governo do Distrito Federal em 2026. A declaração foi feita durante visita de Cappelli ao município fluminense, em evento que também marcou o lançamento de seu livro sobre os ataques de 8 de janeiro de 2023.

Embora o PT sinalize que deve apresentar candidatura própria no DF, Quaquá afirmou que defenderá internamente uma aliança em torno de Cappelli. O dirigente petista destacou a atuação do presidente da ABDI como interventor na segurança pública de Brasília após os atos golpistas, o que lhe conferiu projeção nacional.

Cappelli tem articulado sua pré-candidatura com apoio de diferentes legendas, inclusive setores da centro-direita. Em entrevistas recentes, confirmou que mantém diálogo com o PT, que filiou Leandro Grass, presidente do Iphan e candidato derrotado por Ibaneis Rocha (MDB) em 2022. Outro nome cotado pela legenda é o do ex-deputado federal Geraldo Magela.

ex-interventor federal Ricardo Cappelli falando em microfone e gesticulando, sério
O ex-interventor federal Ricardo Cappelli – Reprodução

A escolha do PT no DF será um dos pontos de tensão para 2026, já que parte da sigla defende candidatura própria, enquanto outra ala vê na aliança com Cappelli a chance de ampliar a base de apoio e enfrentar o atual governador Ibaneis Rocha, que deve disputar a reeleição.

Durante sua passagem por Maricá, Cappelli lançou o livro “O 8 de janeiro que o Brasil não viu”, em que relata bastidores de sua atuação como interventor na segurança pública. Na obra, ele detalha os atritos com setores militares e as medidas tomadas para desmobilizar manifestantes que ocupavam a Esplanada dos Ministérios e o acampamento em frente ao Quartel-General do Exército.

À época, Cappelli exercia o cargo de secretário-executivo do Ministério da Justiça, sob comando de Flávio Dino, hoje ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Sua atuação no episódio é vista por aliados como um dos principais trunfos para consolidar sua imagem política e viabilizar a candidatura ao governo do Distrito Federal.