Vice-líder do governo pego com dinheiro nas nádegas é empregador de Léo Índio, primo de Carluxo

Atualizado em 15 de outubro de 2020 às 1:09
Léo Índio e Carlos Bolsonaro. Foto: Reprodução

A mentira tem perna curta. E Bolsonaro é o melhor exemplo para comprovar a máxima.

No dia em que voltou a dizer que seu governo não tem corrupção, seu vice-líder no Senado, Chico Rodrigues (DEM-RR), foi flagrado pela PF com dinheiro escondido entre as nádegas.

O parlamentar caiu na operação deflagrada em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU) que investiga desvios de recursos públicos destinados ao combate à pandemia da Covid-19.

Chico ficou conhecido na grande política por um fato peculiar: contratou em seu gabinete Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, primo dos irmãos Bolsonaro, no posto de assessor parlamentar, um dos mais altos na hierarquia da Casa.

Foi designado como “SF02”, nomenclatura para um dos postos mais altos na hierarquia do Senado, o que garante uma remuneração bruta de pelo menos R$ 22.943,73 mensais.

Leo é filho de Rosemeire Nantes Braga Rodrigues, irmã de Rogéria Nantes, ex-mulher de Jair Bolsonaro e mãe dos três filhos políticos do presidente. Rogéria disputa uma vaga na Câmara Municipal do Rio ostentando a bandeira da moralidade.

O assessor do senador flagrado com dinheiro nas nádegas ficou conhecido no meio político por ser muito próximo a Carlos Bolsonaro, chefe do gabinete do ódio. É visto com frequência nos corredores do Palácio do Planalto, mesmo sem ter cargo oficialmente.

Léo Índio funciona como informante sobre fatos relevantes do governo.

Agora se descobriu que é funcionário de um político suspeito, aumentando o número de membros da família envolvidos com gente metida em corrupção. E provando que Bolsonaro não passa de um falastrão mentiroso.