
O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Unifesp, localizado no campus da Vila Clementino, na zona sul de São Paulo, foi alvo de pichações com a frase racista “vidas pretas matam”. A mensagem foi encontrada em diferentes cômodos do espaço na última terça-feira (9), conforme informações da Folha de S.Paulo.
O local abriga também centros acadêmicos, como o da medicina, que tiveram suas estruturas atacadas. Além das pichações, houve destruição de micro-ondas e roubo de itens.
Em nota, a universidade informou que registrou boletim de ocorrência e abriu uma investigação interna. As Diretorias do Campus São Paulo, da Escola Paulista de Medicina, da Escola Paulista de Enfermagem e a reitoria repudiaram o ato.
“Expressões como ‘vidas pretas matam’ ferem a dignidade humana e afrontam os valores de respeito, diversidade e inclusão que orientam a vida universitária. A Unifesp é uma instituição pública, democrática, plural, que reconhece a importância da diversidade étnico-racial, cultural, social e de pensamento como parte essencial da formação acadêmica e cidadã”, disse a instituição.

A universidade destacou que acompanhará a apuração e, caso os responsáveis sejam identificados, haverá aplicação de medidas disciplinares.
“Reafirmamos nosso compromisso inegociável com o combate a todas as formas de preconceito, discriminação e violência. Reforçamos também que esse tipo de atitude será enfrentado com ações no sentido de políticas universitárias cada vez mais inclusivas. O espaço acadêmico deve ser um ambiente seguro, acolhedor e respeitoso, no qual todas as pessoas possam desenvolver plenamente seu potencial”, afirmou a Unifesp.
Não é a primeira vez que a universidade sofre esse tipo de ataque. Em setembro de 2023, suásticas — símbolos nazistas — foram desenhadas em banheiros da faculdade de medicina.