O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que se escondeu durante a campanha de primeiro turno do prefeito Ricardo Nunes (MDB), participou de evento do candidato nesta terça (22) e mal citou sua gestão na capital. Parecendo indisposto, ele fez poucas menções ao aliado e elogiou as próprias ações de seu governo pela cidade.
“A campanha aqui não é minha, é do Nunes. Devemos participar, por convicção de que o melhor para São Paulo é a vitória de Ricardo Nunes”, afirmou o ex-presidente, que está inelegível até 2030 por determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ele ainda demonstrou preocupação com a abstenção, que no primeiro turno foi de 27,3% na capital e afirmou: “Temos que comparecer”.
“Em nove capitais, sou 22, mas aqui em São Paulo, sou 15”, prosseguiu o ex-presidente, em discurso que durou pouco mais de dois minutos. Veja:
Após um primeiro turno ausente, Jair Bolsonaro (PL) participa do primeiro compromisso oficial de campanha com Ricardo Nunes (MDB) em São Paulo. Em discurso de pouco mais de dois minutos, o ex-presidente afirmou que era uma satisfação "poder sentir-se útil" e que é preciso… pic.twitter.com/R3HHiKr1Uk
— Folha de S.Paulo (@folha) October 22, 2024
Nunes fez uma breve menção a Bolsonaro em seu discurso e repetiu a fala sobre a renegociação da dívida da capital, em 2021, dizendo que sua “parceria” com o ex-presidente surgiu naquele ano. “Queria agradecer em meio a tantas e tantas agendas, a vinda aqui”, disse o prefeito.
Ele ainda tentou justificar a ausência de Bolsonaro em sua campanha no primeiro turno, alegando que o ex-presidente viajou por várias cidades do Brasil para ajudar outros prefeitos enquanto Tarcísio ficou com ele “no dia a dia”.
Além do ex-presidente e do prefeito, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também participou do evento na churrascaria e disse que os envolvidos na campanha do prefeito têm “que buscar os indecisos”. “O que me dá conforto é saber que terei na prefeitura um grande parceiro”, afirmou.
O evento contou com cerca de 400 políticos e empresários, e foi articulado por Tarcísio e Baleia Rossi, presidente do MDB.
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