VÍDEO: Advogado de Bolsonaro diz que ex-presidente seria traído por militares

Atualizado em 29 de novembro de 2024 às 18:22
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O advogado de Jair Bolsonaro (PL), Paulo Cunha Bueno, afirmou nesta sexta-feira (29) que o ex-presidente não teria se beneficiado do golpe de Estado envolvendo militares de seu governo.

Segundo a defesa do ex-mandatário, o golpe beneficiaria apenas uma junta militar. “Quem seria o grande beneficiado? Segundo o plano do general Mario Fernandes, seria uma junta que seria criada após a ação do Plano Punhal Verde e Amarelo, e nessa junta não estava incluído o presidente Bolsonaro”, disse Bueno em entrevista ao “Estúdio i”, da GloboNews.

“Não tem o nome dele lá, ele não seria beneficiado disso. Não é uma elucubração da minha parte. Isso está textualizado ali. Quem iria assumir o governo em dando certo esse plano terrível, que nem na Venezuela chegaria a acontecer, não seria o Bolsonaro, seria aquele grupo”, acrescentou.

Bueno ainda afirmou que Bolsonaro seria traído pelos militares. De acordo com o advogado, o ex-presidente não tinha obrigações de denunciar o golpe.

“É crível que as pessoas o abordassem com todo tipo de proposta, é fato que ele [Bolsonaro] não aderiu. (…) Não era obrigação dele denunciar”, comentou.

Na semana passada, a Polícia Federal (PF) indiciou Bolsonaro e outras 36 pessoas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Bueno negou que o ex-mandatário tivesse conhecimento do plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Ele não sabia disso. Esse Punhal Verde e Amarelo nunca chegou ao conhecimento dele”, disse o advogado.

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