VÍDEO: Após polêmica em comercial de natal, Perdigão é obrigada a se pronunciar

Atualizado em 28 de novembro de 2018 às 9:06

Segundo publicação da VejaSP, nesta segunda (26), a Perdigão lançou um comercial para o Natal 2018. A marca anunciou que, para cada Chester comprado da marca, outro seria doado pela empresa para “uma família que precisa”. A intenção foi boa, mas a campanha publicitária acabou provocando polêmica na internet e ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter na tarde desta terça (27).

O vídeo fala sobre o Natal da família Silva. “Quando a nossa família ganhou um Chester Perdigão, o presente não foi só uma ceia bonita. Foi também o sentimento de ter um Natal especial, daqueles que a gente só imaginava. Agora essa sensação é real. Graças a você!”, diz uma mulher na propaganda. A família Silva é representada por sete atores negros — duas mulheres, um homem mais velho e cinco crianças ou adolescentes. No clipe, é da mulher o lugar da fala.

A peça publicitária, então, corta para a família Oliveira: “Por isso, aqui sempre tem Chester. Ele é generoso no sabor, no tamanho e comprando um, a Perdigão doa outro para uma família que precisa”, diz o ator. Neste novo núcleo os atores são majoritariamente brancos e é de um homem mais velho o discurso. Para muitos internautas, a representação das famílias do comercial foi racista. No entanto, há telespectadores que discordem.

Após a repercussão negativa do comercial, a Perdigão emitiu um comunicado se desculpando: “A Perdigão lamenta que a campanha publicitária de Natal tenha ofendido qualquer um de nossos consumidores. Nunca foi essa a nossa intenção. Falar de generosidade é, para nós, uma forma de união e agradecimento a todos os nossos consumidores, que há três anos colaboram para o Natal de mais de 6 milhões de pessoas, independente de cor, gênero, raça ou religião. É nisso que acreditamos“.

Erika K. Nakamura, 36 anos, advogada de formação, abraçou a fotografia e o jornalismo por paixão. Com seu iPhone 5 capta imagens originais e surpreendentes dos lugares pelos quais passa. É uma leitora sedenta de livros sobre a história da Inglaterra -- e também dona do coração do jornalista Paulo Nogueira.