
O deputado federal Paulo Pimenta (PT) divulgou neste domingo (2) um vídeo com quatro propostas para fortalecer o combate ao crime organizado no Brasil, em meio ao debate provocado pela megaoperação policial no Rio de Janeiro, que deixou mais de cem mortos. A primeira iniciativa prevê a recuperação de territórios dominados por facções, com presença contínua do Estado e oferta de educação, saúde, emprego e outros serviços públicos.
A segunda proposta trata da reformulação do sistema penitenciário. Segundo Pimenta, as facções se consolidaram nas prisões, onde muitos detentos acabam dependendo dessas organizações para sobreviver. O parlamentar defende a separação entre presos provisórios e condenados, ampliação de vagas, desconcentração de lideranças e fortalecimento da polícia penal, citando presídios federais como modelo.
Como terceira medida, ele sugere ampliar a fiscalização sobre fintechs e instituições financeiras digitais para bloquear a lavagem de dinheiro. O deputado cita investigações recentes e afirma que a falta de controle facilitou a circulação de recursos ilícitos. Iniciativas anteriores nessa área, segundo ele, enfrentaram resistência pública e de parlamentares da direita.
Medidas que podem ser adotadas com urgência para combater o crime organizado e as organizações criminosas !! pic.twitter.com/cqcqVofXff
— Paulo Pimenta (@Pimenta13Br) November 2, 2025
A quarta proposta mira o controle da venda de armas e munições. Pimenta afirma que mudanças feitas no governo Jair Bolsonaro permitiram a comercialização de armamento de grosso calibre para civis, enfraqueceram o rastreamento de munições e facilitaram o acesso de facções a armamentos de alto poder de fogo por meio de lojas e clubes de tiro.
Além dos quatro pontos, o petista defende a valorização de profissionais da segurança. Ele critica mudanças previdenciárias de 2019 e diz que policiais civis, federais, rodoviários federais e agentes socioeducativos perderam integralidade e paridade, com impacto direto em famílias de servidores mortos em serviço.
Por fim, Pimenta afirma que o governo federal já discute iniciativas estruturais sobre o tema. Ações coordenadas entre Estados, integração policial e políticas públicas articuladas, afirma, podem ampliar a capacidade estatal de enfrentamento ao crime organizado.