VÍDEO – “Ataque à cultura”: Lula detona postura de Bolsonaro ao entregar Prêmio Camões a Chico Buarque

Atualizado em 24 de abril de 2023 às 14:50
Lula discursa durante a entrega do Prêmio Camões a Chico Buarque. Foto: Reprodução/TV Brasil

O presidente Lula detonou Jair Bolsonaro durante a entrega do prêmio Camões a Chico Buarque, nesta segunda (24), em Portugal. Para o petista, o ato é uma “reparação” depois dos ataques promovidos contra a cultura pela extrema direita durante a gestão recente.

“O convite para participar da cerimônia de entrega do Prêmio Camões ao querido Chico Buarque é motivo de grande honra e imensa alegria. É uma satisfação para mim corrigir um dos maiores absurdos cometidos contra a cultura brasileira nos últimos tempos. Esse prêmio deveria ter sido entregue em 2019 e não foi, e todos nós sabemos porque. O ataque à cultura em todas as suas formas foi uma dimensão importante do projeto que a extrema direita tentou implementar no Brasil”, afirmou Lula.

O prêmio deveria ter sido entregue por Bolsonaro, em 2019, mas ele se recusou a assinar a documentação necessária e a cerimônia também foi adiada por conta da pandemia de Covid-19. Por isso, o cantor, compositor, dramaturgo e escritor só recebeu a honraria hoje.

A entrega do prêmio ao artista brasileiro, segundo Lula, é um sinal da vitória da democracia. “Se hoje estamos aqui para fazer essa espécie de reparação e celebração da obra do Chico é porque finalmente a democracia venceu no Brasil”, prosseguiu.

Veja o discurso de Lula:

Durante o discurso, o presidente ainda se lembrou da ditadura militar, período no qual Chico Buarque foi censurado.

“Não podemos esquecer que o obscurantismo e a negação das artes também foi uma marcada do totalitarismo e das ditaduras que censuraram o próprio Chico no Brasil e em Portugal. Esse prêmio é uma reposta do talento contra a censura, do engenho contra a força bruta”, diz o presidente.

A cerimônia também teve a participação do presidente português Marcelo Rebelo de Sousa; do primeiro-ministro António Costa; do ministro da Cultura de Portugal, Pedro Adão e Silva; da ministra da Cultura brasileira, Margareth Menezes; e da primeira-dama do Brasil, Janja da Silva.

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