
O Guns N’ Roses se apresentou ontem em Bogotá, Colômbia, em um show marcado por emoção e gestos simbólicos. Durante a apresentação, o vocalista Axl Rose fez um pedido público pelo fim da guerra na Palestina, que completou dois anos na última terça-feira (7). O momento ocorreu enquanto a banda tocava “Civil War”, música que aborda os efeitos dos conflitos armados e a violência gerada na sociedade.
“Eu não preciso da sua guerra civil”, disse ele ao mostrar a bandeira da Palestina, gesto que recebeu aplausos do público. Em seguida, Rose entregou a bandeira à equipe da banda para que fosse autografada por todos os integrantes, prometendo devolvê-la ao fã.
O show ocorreu após alguns dias de incerteza, já que a realização do evento recebeu aprovação das autoridades locais apenas três dias antes da data prevista. Além da homenagem à Palestina, a banda prestou tributo ao cantor britânico Ozzy Osbourne, falecido em julho, interpretando versões de “Never Say Die” e “Sabbath Bloody Sabbath”, do Black Sabbath, grupo liderado pelo músico.
A turnê, intitulada Because What You Want and What You Get Are Two Completely Different Things, seguirá por Chile, Argentina, Peru, México e Brasil, com apresentações confirmadas em Florianópolis, São Paulo, Curitiba, Cuiabá e Brasília.
Vocalista do Guns N’ Roses exibe bandeira da Palestina e pede fim da guerra, durante show na Colômbia.
Axl Rose: “Eu não preciso da sua guerra civil” (referência à letra da música ‘Civil War’)pic.twitter.com/EM6lGYAPre
— José Norberto Flesch (@jnflesch) October 8, 2025
Massacre em Gaza
Os ataques de Israel completam dois anos em meio a negociações sobre um plano de 20 pontos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que busca pôr fim ao confronto. Nos ataques de 7 de outubro de 2023, cerca de 1.200 pessoas foram mortas pelos militantes palestinos, e 251 foram levadas reféns para Gaza, das quais 48 permanecem em cativeiro.
Em resposta, Israel conduziu operações com alto custo humano: mais de 67 mil pessoas foram mortas, incluindo 150 crianças por fome, e 169.600 ficaram feridos, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza controlado pelo Hamas.
O impacto humanitário é devastador. Mais de 1,9 milhão de palestinos, cerca de 90% da população de Gaza, foram deslocados, enquanto Israel registrou 100 mil pessoas afastadas de suas casas.
Entre os menores, 40 mil crianças perderam um ou ambos os pais e entre 3.000 e 4.000 sofreram amputações, segundo o Unicef. Quase 658 mil crianças e 87 mil estudantes universitários estão sem acesso à educação devido à destruição de escolas ou ao uso das instituições como abrigo. A
situação se agrava com o colapso do sistema de saúde: 22 dos 36 hospitais da região fecharam, enquanto os 14 restantes operam de forma limitada, enfrentando sobrecarga, falta de equipamentos, medicamentos e combustível devido ao bloqueio parcial de Israel.