VÍDEO – Barraqueiros se manifestam sobre espancamento de turistas e negam homofobia

Atualizado em 29 de dezembro de 2025 às 17:54
Barraqueiros envolvidos em espancamento de casal de turistas gays em PE. Foto: Reprodução

Os barraqueiros envolvidos na agressão de um casal de turistas gays em Porto de Galinhas, no litoral de Pernambuco, se manifestaram sobre o episódio nesta segunda (29). Em vídeo publicado nas redes, eles negam qualquer motivação homofóbica para o espancamento de Johnny Andrade e Cleiton Zanatta.

“Não foi um caso de homofobia. Estão tentando atrelar isso à história e não foi”, diz um dos barraqueiros, identificado como Dinho. Segundo ele, o casal concordou em pagar R$ 80 para usar as estruturas, mas, após consumo de bebidas alcoólicas, decidiu que não ia pagar sequer o que adquiriu.

“Eles falaram que não iam ‘pagar nada’ porque aqui é um ‘lugar público”, prossegue. Um segundo barraqueiro afirma que a confusão começou após levar um tapa de um deles e um mata-leão. Dinho ainda negou que eles tenham sido agredidos por 30 pessoas e que houve uma “briga generalizada”.

Outra trabalhadora, identificada como Vera, diz que o casal se recusou a permitir que outros turistas se sentassem à frente deles, mesmo com bandeiras indicando o limite de cada família na praia. Veja:

O casal Johnny e Cleiton havia contratado as barracas e cadeiras para passar o dia na praia. Segundo eles, no momento de acertar as contas, surgiram desentendimentos sobre o preço, que foi quase o dobro do valor inicialmente combinado.

Quando o casal insistiu em pagar apenas o valor acordado, os comerciantes começaram a agredi-los fisicamente, arremessando uma cadeira e sendo seguidos por outros colegas de trabalho que se juntaram à violência.

Johnny e Cleiton afirmam que, após a violência, buscaram ajuda, mas não encontraram policiamento ou agentes de segurança nas proximidades. Segundo eles, o Corpo de Bombeiros também não se preocupou em controlar a situação. O casal relatou ainda que a falta de uma resposta efetiva das autoridades agravou o caos gerado pela confusão, tornando a situação ainda mais difícil de resolver.

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD), classificou o caso como “crime grave” e anunciou que até o momento 14 pessoas foram identificadas.

Caique Lima
Caique Lima, 27. Jornalista do DCM desde 2019 e amante de futebol.