O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esclareceu recentemente em um vídeo divulgado na noite de quinta-feira (15) que enviou dinheiro para os Estados Unidos no fim de seu mandato, refutando que tal ato constitua um crime.
Em suas declarações, Bolsonaro afirmou que transferiu fundos de sua poupança no Banco do Brasil para o BB América, ressaltando que o dinheiro permaneceu em uma instituição bancária brasileira. Ele também referenciou relatos sobre a transferência de R$ 800 mil para os EUA em dezembro de 2022, destacando que tal movimentação estava vinculada à preocupação com um possível golpe.
O ex-presidente enfatizou a confiança na democracia dos Estados Unidos, citando a Polícia Federal brasileira que afirmou ser improvável que um golpista enviasse recursos para lá, dada a reputação do país em respeitar tratados internacionais. Além disso, Bolsonaro mencionou que outros brasileiros também transferiram grandes quantias para o exterior no último ano, devido a incertezas políticas e econômicas durante o atual governo de esquerda.
“Dizia a nossa querida Polícia Federal que o último país do mundo onde um golpista, ditador enviaria dinheiro seria os Estados Unidos, porque é um país democrata, que respeita tratados. E esses recursos seriam imediatamente bloqueados. Por que eles fizeram isso? Assim como eu: porque tínhamos dúvidas sobre a política e a economia do atual mandatário de esquerda. Repito: isso não é crime”, disse Bolsonaro.
🎥 Em vídeo, Bolsonaro diz que "não é crime" enviar dinheiro aos EUA pic.twitter.com/u3bxtoHkOc
— UOL Notícias (@UOLNoticias) February 16, 2024
Segundo as autoridades, houve uma movimentação financeira associada à expectativa de um golpe de Estado, levando alguns investigados a retirarem seus recursos do país.
A investigação revelou que Bolsonaro realizou uma operação de câmbio no valor de R$ 800.000,03 em dezembro de 2022, próximo à sua partida do país, cobrindo posteriormente o débito com um resgate de fundo DI.
Aliados do ex-presidente afirmam que ele teria perdido cerca de R$ 40 mil devido a essa movimentação, negando que a transferência tenha sido relacionada a um golpe e destacando que os recursos foram trazidos de volta para o Brasil.