Em cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a atacar o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para defender o que chamou de “liberdade de expressão”. Ele levantou novas suspeitas sobre as urnas eletrônicas, defendendo que haja uma contagem paralela de votos nas eleições deste ano realizada pelas Forças Armadas.
O evento, organizado pelas bancadas evangélica e de segurança pública e que contou com a presença do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), se tornou um palco de ataques ao Supremo, em meio à crise entre Executivo e Judiciário causada pelo perdão concedido por Bolsonaro ao parlamentar, após o STF (Supremo Tribunal Federal) condená-lo a 8 anos e 9 meses de prisão.
“Não precisamos de voto impresso para garantir a lisura das eleições”, disse Bolsonaro, destacando as sugestões apresentadas pelos militares ao TSE.
“Como os dados vêm pela internet para cá e tem um cabo que alimenta a sala secreta do TSE, uma das sugestões é que, nesse mesmo duto que alimenta a sala secreta, seja feita uma ramificação um pouquinho à direita para que tenhamos do lado um computador das Forças Armadas, para contar os votos no Brasil”, emendou.
O presidente ainda estimulou a desconfiança acerca do processo eleitoral. “Dá para acreditar nisso, uma sala secreta onde meia dúzia de técnicos diz ‘Olha, quem ganhou foi esse’?”, questionou.
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