
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e alegou que sua inelegibilidade aconteceu “de forma bastante nebulosa”. A declaração ocorreu nesta sexta-feira (21) após receber uma condecoração da prefeitura de Anápolis (GO).
Durante o discurso, o ex-chefe do Executivo disse que era “perseguido” e se referiu ao resultado das eleições de 2022, quando foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como “aqueles números do TSE”. A fala durou cerca de 15 minutos após ser homenageado com a Comenda Gomes de Souza Ramos.
“Se eu nada representasse para nossa pátria, depois daqueles números do TSE, não estariam me perseguindo até hoje. Não teriam, de forma bastante nebulosa, me tornado inelegível. Qual foi o crime? Corrupção não foi. Abuso de poder econômico não foi”, afirmou.
Bolsonaro também se vangloriou da expansão do acesso a armas de fogo durante seu governo, no mesmo dia em que Lula assinou o novo decreto restringindo a venda de armas. O ex-presidente sinalizou, ainda, que havia um golpe em curso e que teria “deixado” Lula assumir a Presidência em 1º de Janeiro deste ano.
“Entreguei o Brasil, ou melhor, deixei outro cara assumir, porque jamais passaria a faixa para uma pessoa com o passado dele”, afirmou Bolsonaro, que fugiu para os Estados Unidos antes de terminar o mandato para não entregar a faixa presidencial a Lula.
Ele foi condenado pelo TSE, por 5 votos a 2, por abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação na pré-campanha eleitoral de 2022. Ele perdeu os direitos políticos por conspirar contra a democracia em uma reunião com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada, em julho do ano passado, na qual fez ataques infundados às urnas eletrônicas.
Veja o vídeo:
Bolsonaro em Anápolis-GO 21-07 “ não passei a faixa para o ladrão “#bolsonaro #anapolis #faixa pic.twitter.com/1B6zf6TTQD
— Francisco Mello oficial (@Francyscomello7) July 22, 2023