Em conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro se explicou sobre sua carta em tom de pacificação.
Ontem, após diversos ataques ao STF, Bolsonaro recuou e divulgou uma “Declaração à Nação”.
O memorando foi escrito pelo ex-presidente Michel Temer.
Muitos bolsonaristas ficaram revoltados com a atitude de seu ídolo, que passou meses convocando para os atos golpistas e, na hora H, arregou.
No começo da conversa no cercadinho, com os nervos à flor da pele, eles não deixavam o presidente falar.
Os seguranças de Bolsonaro precisaram acalmar o gado para que Bolsonaro pudesse se justificar.
“O que acontece? O cara não lê a nota e reclama. Leia a nota duas ou três vezes, é bem curtinha”, pediu ele.
“A gente vai acertando o acúmulo de lixos e problemas em 30, 40 anos”, afirmou, jogando a culpa do seu fracasso nos outros.
Ao final da fala, bastou elogiar os apoiadores para que eles voltassem a puxar seu saco.
“Foi excepcional o trabalho de vocês”, disse o mandatário, para delírio dos bolsonaristas.
Veja abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=5PlXKJZq_Aw
A conversa que marca o recuo diante de Moraes
Conversa foi intermediada pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), que se reuniu com Bolsonaro nesta quinta, no Palácio do Planalto, e ajudou o atual mandatário a redigir o texto da declaração.
Temer contou que recebeu uma ligação de Bolsonaro na noite dessa quarta-feira (8/9) o convidando para almoçar hoje no Planalto. O atual presidente mandou um avião da FAB para buscar o antecessor em São Paulo.
Ainda na noite de quarta, o ex-presidente disse que “falou rapidamente” com Moraes, principal alvo de Bolsonaro nos discursos durante os atos de 7 de Setembro.
“O ministro Alexandre de Moraes me disse que age nos termos simplesmente jurídicos e nada mais que isso, e que não tem nada pessoal contra o presidente da República”, disse o ex-presidente.
Com informações de Igor Gadelha no Metrópoles.