O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou que tenha cometido qualquer irregularidade em relação às joias trazidas da Arábia Saudita e apreendidas no aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo. Segundo ele, sua esposa e ex-primeira dama, Michelle, poderia ter usado as peças legalmente.
“Dois, três dias depois a Presidência notificou a alfândega que era para ir para o acervo, até aí tudo bem. Nada de mais. Poderia, no meu entender, a alfândega ter entregue. Iria para o acervo e seria entregue à primeira-dama. O que diz a legislação? Ela poderia usar, não poderia desfazer-se daquilo. Só isso, mais nada. Agora estou sendo crucificado no Brasil por um presente que não recebi”, afirmou Bolsonaro ao SBT.
Ele falou ainda que não sabia do valor do presente. “Foi uma surpresa para mim, R$ 16 milhões. Não sei. Até pode ser que seja verdade”, afirmou. A declaração ocorreu após ele participar de evento conservador em Washington, nos Estados Unidos, no sábado (4).
A caixa de joias continha um conjunto de colar, anel, relógio e par de brincos de diamantes, que teriam sido presente do governo da Arábia Saudita.
“Eu estava no Brasil quando esse presente foi ofertado lá nos Emirados Árabes para ministro das Minas e Energia. O assessor dele trouxe num avião de carreira e ficou na alfândega. Eu não fiquei sabendo”, declarou o ex-presidente, citando outro país no lugar de Arábia Saudita, de onde vieram as joias.
Bolsonaro ainda falou que não mandou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para buscar as joias em São Paulo. “Não mandei avião da FAB buscar nada. Vi uma matéria”, disse.
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